Boletim de Conjuntura traz novos dados da economia municipal
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Uma nova edição do Boletim de Conjuntura Econômica de Toledo traz novas informações sobre o cenário do município. O Boletim é realizado através de uma parceria entre a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) e o Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. Nesta edição, o Boletim traz informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, violência, emprego regional, preço da soja e variação da cesta básica do município de Toledo.
De acordo com os dados preliminares do Censo Demográfico brasileiro de 2022, Toledo possui população de 150.470 habitantes, oscilando para 158.224 habitantes em 2024, conforme informações do IBGE. Em 2021, o PIB per capita de Toledo era de R$ 51.745,73. O Boletim de Conjuntura Econômica cita que município apresenta características de alto desenvolvimento, que são evidenciadas por seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), registrado em 0,76 (2010), o que indica uma boa qualidade de vida e acesso a serviços essenciais na região.
Além do agronegócio, Toledo se destaca pela atração de investimentos privados. O Biopark atraiu aproximadamente 150 empresas para o município. Além de criar oportunidades de emprego, fomenta a cooperação entre empresas, universidades e centros de pesquisa, fortalecendo a posição de Toledo como um importante centro de inovação no Oeste do Paraná.
“Comparando Toledo com outros municípios de porte semelhante, como Cascavel, percebe-se que Cascavel, com população de 348.051 pessoas, apresentou PIB per capita menor que o de Toledo em 2021, ou seja, R$ 46.976,49, conforme dados do último Censo [2022]”.
EMPREGO FORMAL – O Boletim de Conjuntura Econômica retrata o mercado de trabalho na região imediata de Toledo, que é composta por municípios influenciados diretamente pela economia toledana, como Assis Chateaubriand, Formosa do Oeste, Guaíra, Iracema do Oeste, Jesuítas, Maripá, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Santa Helena, São José das Palmeiras, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo e Tupãssi. Segundo o documento, o mercado de trabalho nessa região passou pelo aumento da industrialização no primeiro decênio do século XXI (2001-2011) e por sua reestruturação no segundo decênio (2011-2021).
O Boletim aborda que o fenômeno esteve associado principalmente à redução de postos na indústria têxtil e ao aumento em setores terciários. Simultaneamente, a participação da agricultura no emprego diminuiu. Isso consiste em mais um sinal do movimento regional em direção à terceirização da economia e está relacionado à típica opção por relações de trabalho alternativas aos vínculos celetistas.
VIOLÊNCIA – O Boletim de Conjuntura Econômica de Toledo também traz dados relativos à violência e mortes em Toledo. Os dados foram comparados com outros cinco municípios. Em 2022, os cinco municípios com população semelhante a Toledo foram: Apucarana (130.134 habitantes), Campo Largo (136.327 habitantes), Paranaguá (145.829 habitantes), Fazenda Rio Grande (148.873 habitantes) e Araucária (151.666 habitantes). Toledo, no Censo populacional de 2022, computou 150.470 habitantes.
“Entre as variáveis nas quais Toledo se posicionou em primeiro lugar, dentre os aqueles municípios de porte similar no Paraná, a violência doméstica, violência doméstica contra a mulher e suicídio feminino se destacaram. Entre as variáveis que Toledo aparece em segundo lugar estão violência contra a mulher, suicídios e homicídios femininos. Outras variáveis em que Toledo apareceu em primeiro lugar foram: armas de fogo apreendidas, ocorrências envolvendo uso/consumo de drogas e acidentes de trânsito. Outras variáveis que Toledo apareceu em segundo lugar foram: furtos de veículos e crimes de lesão corporal”.
Os dados apresentados no Boletim de Conjuntura Econômica foram obtidos na Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP)/PR e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Da Redação
TOLEDO
Sojicultores evitam negociações de grandes volumes, aponta Boletim
Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) e apontados na nova edição do Boletim de Conjuntura Econômica de Toledo mostram que indústrias esmagadoras mantém a demanda por soja em grão, contribuindo para a manutenção dos preços internos. No mesmo sentido, contribuem para a manutenção dos preços a decisão dos sojicultores de evitar negociar grandes volumes no spot nacional.
Com o plantio em andamento no Brasil, as expectativas sobre o resultado da safra são de difícil determinação, visto a dependência de fatores como a regularidade da chuva. Com relação aos preços na safra, outros fatores podem impactar como o resultado da safra em outros países, o comportamento do câmbio e, evidentemente, o perfil da demanda dos mercados consumidores (interno e externo), além da influência de fatores como as guerras em andamento, cotação do petróleo, crescimento das economias, dentre outros.
“A combinação futura destes fatores é incerta, mas se pode verificar o comportamento das mesmas sobre o câmbio (R$/US$) e sobre os preços em reais e em dólares da soja nos últimos 5 anos (out./2019 a out.2024)”.
O levantamento cita que, segundo o IBGE (2024), a inflação acumulada no período foi cerca de 34% no Brasil. “Considerando que a inflação no período acumulou 34%, o preço da soja de outubro de 2019 (R$81,73), com o efeito inflacionário, seria de R$109,52 (em setembro de 2024). Com este valor ajustado (R$109,00), podemos apontar que o preço da soja em outubro de 2024 (R$138,00) está semelhante àquele de antes da pandemia/guerra, pois o aumento nominal do preço foi de 69,73%, mas parte deste aumento decorre da inflação do período”.
O Boletim de Conjuntura Econômica ainda aponta que “o preço da soja em dólares oscilou 29,50% no período, ante uma inflação de cerca de 23% nos EUA nos últimos cinco anos, enquanto a taxa de câmbio oscilou positivamente cerca de 33%. Pode-se deduzir que preços em reais e em dólares cresceram do início ao fim do período analisado, com intenso crescimento e, posterior, acomodação”.
Da Redação
TOLEDO