Bom Jesus: como forma de protesto, cirurgias eletivas desta terça estão canceladas

Nesta terça-feira (19), o hospital Bom Jesus não irá realizar procedimentos eletivos. A conduta faz tarde da mobilização da Confederação das Santas

Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB). A paralisação é para protestar contra a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e em relação ao Projeto de Lei do piso salarial da classe da enfermagem.

O protesto prevê envolver todo o país. Os hospitais filantrópicos vivem um preocupante cenário financeiro com endividamento e subfinancinamentos do SUS que nos últimos seis anos resultou no fechamento de 315 hospitais filantrópicos.

O Projeto de Lei nº 2564/20 – originário e aprovado no Senado –  que institui o piso salarial da enfermagem está em tramitação na Câmara Federal tem previsão que nos próximos dias ele seja votado. Para os hospitais filantrópicos – com prestação de serviços ao SUS – a provação do Projeto de Lei deve gerar impacto de aproximadamente de R$ 6,3 bilhões.

“Aderimos a mobilização das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do país, representados pela CMB e Femipa, como forma de protesto a grande defasagem da tabela SUS”, pontua a superintendente do Hospital Bom Jesus, Zulnei Bordin, ao acrescentar que faixas em frente ao Hospital devem retratar a mobilização e as causas do ato.

O ato é uma forma de chamar a atenção das autoridades, bem como de toda a sociedade para que medidas eficazes sejam adotadas, afim de evitar que a situação financeira das entidade fiquem mais caóticas. Zulnei afirma que os pacientes não devem ficar desassistidos, pois as cirurgias eletivas serão reprogramadas.

SETOR DA ENFERMAGEM – “Sobre a aprovação do PL do piso de enfermagem, consideramos extremamente justo, porém sem o aporte de recursos os hospitais que já estão com dificuldades do baixo custeio, haverá o risco de fechamento desses hospitais”, declara Zulnei ao destacar que a CMB representa 1.824 hospitais filantrópicos, que dispõem de 169 mil leitos hospitalares, 26 mil leitos de UTI e atendem a mais de 50% da média complexidade do SUS e 70% da alta complexidade.

Da Redação

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