Caged: Toledo tem saldo de 491 empregos em maio

O ritmo de criação de empregos no Brasil acelerou pelo segundo mês consecutivo em maio, com a economia criando 277 mil postos de trabalho com carteira assinada. Realidade semelhante vivenciada em Toledo.

Em maio, o município registrou o saldo positivo de 491 novos empregos formais. Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, demonstram 2.830 novas contratações e 2.339 desligamentos, no mês passado, no município. As informações foram divulgadas na última terça-feira (28).

No acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, Toledo realizou 14.645 novas contratações e 11.994 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.651. Em maio assim como nos meses anteriores, a geração de empregos – em Toledo – está sendo ‘puxada’ por serviços. Com melhor desempenho, o setor contratou 1.101 trabalhadores e 772 funcionários foram desligados de seus postos, totalizando um saldo positivo de 329 no mês passado. No acumulado do ano, serviços admitiu 5.869 e desligou 4.103, um saldo de 1.766.

Para o gerente da Agência do Trabalhador de Toledo, Rodrigo Souza, o município tem se destacado na gestão de emprego formal. “O município é a quinta cidade – com números absolutos – que mais gera emprego; atrás apenas de Curitiba, Maringá, Cascavel e São José dos Pinhais”.

Souza acrescenta que ao realizar uma média de crescimento em número de vaga no último período, Toledo é a cidade que mais tem crescido no Paraná. “Uma média de 5,14%, a frente de Cascavel e outros municípios. A força da economia de Toledo é positiva e o setor de serviço é o que mais cresceu”.

AVALIAÇÃO – Quem também explica o panorama do setor de serviços é o economista Jandir Ferrera de Lima. Segundo Lima, esse setor foi o último a se recuperar do impacto da pandemia da Covid-19. Além disso, ele é um setor que depende em parte, principalmente, da renda dos trabalhadores. “Essa renda ainda está sendo afetada pela inflação dos alimentos. O que retira o poder de compra da população e afeta o desempenho do setor de serviços”.

Outro detalhe do setor pontuado pelo economista é que parte dele é serviço prestado diretamente à empresa. Por exemplo: a área de tecnologia da informação. No Brasil – como em Toledo – é um setor em expansão e tem contratado bastante trabalhadores. “Tecnologia da informação tem passado por um ‘apagão’ de mão-de-obra, o que afeta o desempenho do setor, porém não em termos de demanda e de força de trabalho”, menciona Lima.

Sobre o setor de serviços também chama a atenção, de acordo com o economista, que uma parcela da população ficou dois anos em casa aguardando o quadro da pandemia melhorar. “Neste momento, a classe média – por exemplo – está voltando ao turismo e ao lazer. Parte de passagens ou pacotes no período de férias foi quase todo comercializado. Houve uma oferta significativa em Toledo por várias agências de viagens”.

Lima recorda que uma parcela dos trabalhadores se transformou em microempreendedor individual. “Por conta disso, os trabalhadores deixaram de ser assalariados e passaram a ser prestadores de serviços. Isso influência na dinâmica desse mercado na prestação de serviço”.

De modo geral, o setor de serviços reflete na recuperação da economia. Contudo, a sua recuperação ainda está ‘aquém’ de seu potencial, pois a renda do consumidor foi afetada pela despesa com alimento e pelo aumento da inflação. Com isso, o consumidor perde ou diminui o poder de compra, ocasionando uma situação difícil para o mercado de trabalho.

ANÁLISE – Em Toledo, a indústria também teve um bom comportamento em maio. O setor abriu 797 postos com carteiras assinadas e fechou 713, resultando em um saldo positivo de 84 vagas. Comércio obteve um saldo de 40 empregos no mês passado. O setor contratou 622 novos funcionários e desligou 582 no período.

Já a construção civil realizou 258 admissões e 229 demissões, gerando um saldo positivo de 29. Sobre esse setor, o economista menciona que a construção civil tem mantido os seus lançamentos na cidade. “Essa atitude demonstra que existe uma procura por imóvel. Enquanto o mercado da construção civil estiver aquecido e a classe média buscar o turismo, o lazer e o entretenimento, a tendência é o setor terciário se manter em alta atividade em Toledo como em outras regiões do Paraná”.

Por último, o Caged traz a realidade do setor agropecuário. Em Toledo, ele contratou 52 trabalhadores e desligou 43, gerando um saldo positivo de 9 empregos, no mês de maior. O economista explica que a suinocultura passa por uma situação dramática. Com isso, a atividade afeta a renda do produtor e, por consequência, a economia do município.

Ele salienta que se um lado, o setor de serviços demonstra recuperação, o agronegócio ainda chama a atenção pelo alto custo de produção e, consequentemente, impacta na renda que circula no município a médio e longo prazo.

Da Redação

TOLEDO

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