Calor excessivo no Paraná acende alerta ao câncer de pele
Cuidados precisam ser redobrados quando houver exposição ao sol
O ano de 2023 deve encerrar como o mais quente da história, após atingir recordes de temperaturas com as ondas de calor. E o verão deve trazer temperaturas ainda mais elevadas, mesmo que sem os fortes picos de calor como nos meses anteriores. Com isso, os dias ensolarados acendem o alerta para doenças como o câncer de pele, um dos mais recorrentes na população brasileira, e especialistas alertam sobre cuidados necessários para driblar o calor em dias mais quentes.
De acordo com o INCA, a previsão é que a região Sul, em 2023, registre mais de 48,8 mil novos casos do câncer de pele, sendo 2,4 mil deles do tipo melanoma, ou seja, aqueles que atingem as células produtoras de melanina.
A doença possui boas taxas de cura, se descoberta no estágio inicial. De acordo com o dermatologista credenciado da Paraná Clínicas, Dr. Eduardo Schneider, o calor registrado no último ano reforça a necessidade de prevenção. “Com a alta exposição da população mais jovem ao sol, a média de idade dos pacientes está diminuindo. Atualmente, é mais comum em pacientes com mais de 40 anos, o que reforça a necessidade do cuidado com a pele nesse perído”, explica. Ainda de acordo com o INCA, o câncer de pele não melanoma atinge 77 em cada 100 mil habitantes no Paraná, sendo o mais comum no Estado.
Em dezembro é realizada a Campanha do Dezembro Laranja, com foco na conscientização sobre o câncer de pele e prevenção da doença. Para Schneider, a campanha é essencial para dar visibilidade ao problema, “precisamos ficar atentos à nossa pele para que a doença possa ser detectada em seus estágios iniciais”, o especialista alerta sobre quais sinais deve-se ficar atento.
“Normalmente são fáceis de confundir com pintas e lesões benignas, mas é necessário maior atenção a lesões de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente. Também em pintas pretas ou castanhas que mudam sua cor, textura, ou tornam-se irregulares nas bordas e aumentam de tamanho, e até uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento”, informa o médico.
Schneider ainda acrescenta que estão mais expostos ao risco de desenvolverem o câncer de pele, pessoas com histórico familiar da doença ou outras relacionadas à pele, pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros e pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada. Também precisa de atenção quem sofreu exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência.
Cuidados com a exposição ao sol
Para evitar o surgimento da doença, principalmente na época do verão, são necessários alguns cuidados para quem irá se expor ao sol. O Dr. Eduardo Schneider preparou uma lista de cuidados para essa estação.
Evitar a exposição ao sol antes das 10h e após as 16h é a primeira medida de proteção que as pessoas devem ter nos dias quentes. “Nos horários em que o sol é mais intenso, os raios UV incidem diretamente sobre a Terra, atingindo a nossa pele e causando queimaduras mais severas, por isso devemos evitar esses horários, e quando não conseguir, os cuidados com filtro solar devem se intensificar”, explica Schneider.
Também é importante se atentar ao uso de acessórios que protegem dos raios solares, como bonés, chapéus de aba larga e óculos escuros. Além disso, o filtro solar é protagonista nos cuidados. “Mesmo que o produto seja resistente à água é necessário reaplicá-lo a cada duas horas, reforçando a camada de proteção enquanto se expõe ao sol”, lembra.
Além de todo o cuidado com a exposição direta ao sol, também é importante ficar alerta aos níveis elevados de calor, que podem afetar a saúde de formas diferentes. “Manter-se hidratado e buscar formas de se refrescar é essencial nos dias de temperatura mais altas, o calor pode ser prejudicial para o nosso corpo, assim como a exposição prolongada ao sol”, finaliza.
Da Paraná Clínicas