Campanha da Fraternidade 2023: ‘Fraternidade e Fome’ é o tema deste ano

“Fraternidade e Fome” é o tema da Campanha da Fraternidade 2023. O lançamento oficial ocorreu na manhã de sexta-feira (17) na Cúria Diocesana de Toledo. É a terceira vez que a Igreja trata esse assunto, ao longo destes 60 anos de realizações das campanhas, contudo, com abordagens diferentes.

O lema da Campanha foi inspirado no Evangelho de Mateus: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). “A comunhão com Deus implica na comunhão com o próximo não tem como viver a quaresma sem s solidariedade. No imperativo categórico da ordem de Jesus Cristo para a toda a vida dos cristãos de mudar a lógica do sentimento do acúmulo mundano para a lógica da partilha e da fraternidade”, destaca o vigário-geral da Diocese de Toledo, padre Hélio José Bamberg. “A história dos cinco pães e dois peixes mostram o impossível na lógica do mundo, mas na lógica de Cristo surge o novo”.

Bamberg pontua que na partilha – segundo o papa Francisco – é necessário estreitar a relação das santa missa com o compromisso social. “Para que a missa aconteça na vida real o que ela significa na fé, na celebração, é necessário e só se torna possível pela partilha concreta. A Igreja assume sua missão fiel a amar a Deus e ao próximo e a Campanha da Fraternidade não se trata de discutir números, ideologias ou teorizar o ‘não fazer nada’, mas trata de ver o irmão sofredor e amá-lo”.

AMPLA REFLEXÃO – Na análise do coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, padre André Boffo Mendes, os temas abordados nas Campanhas acompanha os movimentos históricos e buscam inspirações no evangelho. Ele cita que a ideia é voltar o olhar para aquela dimensão e através das iluminações bíblicas procurar soluções.

“Falar de fome em nossa região, que tem ostentado números tão expressivos na agropecuária, parece que não existe esse problema aqui. Mas ao refletirmos fome em sua essência percebe que é uma realidade de todos. A discussão também debate e insegurança alimentar, temos situação preocupantes que estão bem próximas de nós”, comenta ao pontuar que tema traz a reflexão de pontos como os índices de desperdícios de alimentos, qualidade dos alimentos colocados na mesa, entre outros.

A integrante da equipe diocesana da CF, Marinês Bettega, destaca que a Igreja faz o convite para que cada cristão se coloque no lugar daquela pessoa tem fome, aquela que pede o alimento. “Por que essa pessoa está nessa condição? Falta emprego, foi uma doença, situação de violência? Quando a pessoa está com fome não consegue pensar, não consegue ter dignidade de vida. Temos a impressão de que ao nosso redor não passamos fome, mas quando falamos de insegurança alimentar se fortalece isso, ela não saber se vai conseguir ter café, almoço e janta, também quando reduz a quantidade ou coloca um alimento inferior no prato”, pontua ao reforçar a importância em debater insegurança alimentar.

A FOME EXISTE –  A coordenadora diocesana da Pastoral do Auxílio Fraterno, Maria Inês Mânica, salienta que sempre que se fala de fome também se fala de vida. “Se estamos comprometidos com a caminhada de Jesus onde estamos para as questões da fome? Cada local com sua realidade, mas há fome nos desempregados, nos trabalhadores, pois o salário não é insuficiente e isso os coloca em situação de insegurança alimentar”.

Maria Inês destaca os 30 anos de trabalhos da Pastoral do Auxílio Fraterno no decanato de Toledo e reforça a importância de discutir o tema ao apontas números: em 2022, a Pastoral do Auxílio Fraterno atendeu 4.890 famílias, foram entregues 13.182 cestas básicas, 2.998 visitas domiciliares e 1.778 atendimentos com acolhimento e escuta. “Que possamos aceitar o chamado de Jesus e participarmos”, finaliza.

Da Redação

TOLEDO

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