Campus Francisco Beltrão da Unioeste se torna sede de uma das Agências de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação do Paraná
Mais um passo importante foi dado para unir a Universidade Pública e a sociedade em geral.
Aconteceu em Francisco Beltrão, campus Unioeste, a reunião que cumpre esse papel de aproximação, através da implantação da Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (AGEUNI). Essa agência funciona como porta de entrada das demandas que a sociedade tem nas diferentes regiões do estado, por meio das entidades representativas tanto do setor privado, quanto dos municípios. O que aconteceu nesse ato simbólico no sudoeste do Paraná foi a instituição e posse do Comitê responsável pela Agência local.
Essa iniciativa de colocar as sedes da AGEUNI dentro das Universidades Estaduais facilitam essa junção de demandas “Entendemos que é muito mais ágil disponibilizarmos recursos para uma Universidade Estadual, do que todo o processo necessário de um convênio com uma instituição federal ou privada de tecnologia. Além disso, recebemos a missão de evidenciar o que as Universidades Públicas Estaduais realmente fazem para a comunidade. Sendo assim, decidimos convidar para estar conosco representantes que nos auxiliassem a mostrar o que a Universidade poderia fazer a mais para a população, e por isso convidamos para a Governança da Agência o G7 (grupo formado pelas principais entidades representativas do setor produtivo no Estado) e entidades como: Sebrae e Associação dos Municípios do Paraná (AMP), importante lembrar que à frente também estarão os indicados pelos conselheiros da Unioeste”, contextualizou o Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona.
Dentro da Unioeste alguns nomes estarão gerenciando a Governança da AGEUNI, o vice-reitor da Unioeste Gilmar Ribeiro de Mello é um deles e ele garante que o maior objetivo é entender como conversar com os mais diversos setores e agir de forma assertiva “Pensar em desenvolvimento regional só é possível com parcerias. Há muitos anos a gente vem nessa batalha, e um dos nossos maiores problemas era tirar do papel todo o estudo, por falta de recursos e agora com esse programa do governo do estado será possível via universidades. Com esse canal chamado AGEUNI e com esse comitê será possível darmos respostas para sociedade. Nosso desafio é olhar para o plano, olhar para as instituições que tem as demandas e olhar para as diretrizes do programa”.
Quando o Professor Gilmar fala em recursos é porque essa também é uma preocupação para dar fluidez ao que realmente será discutido e direcionado pela Agência. O direcionamento para a Inovação e Tecnologia devem ser tratados como prioridade e para isso, de acordo com o Secretário Aldo Bona “está garantido os 2% da Ciência e Tecnologia investidos integralmente em projetos”.
Na prática
O principal intuito da Governança Regional da AGEUNI é receber as demandas da sociedade para que se cheguem às soluções possíveis e inovadoras “Vai caber aos pesquisadores das IES públicas, incluindo os acadêmicos de graduação e pós-graduação, buscarem soluções que mitiguem o impacto ambiental e ao mesmo tempo que seja inovador a ponto de agregar valor àquilo que é ofertado ao público em geral. O grande desafio das IES públicas é a criação de redes de cooperação entre os entes públicos (prefeituras e outros órgãos), o meio empresarial e os pesquisados das IES. Acreditamos que o programa Ageuni seja capaz de fomentar a perfeita interação das hélices que movem o processo de inovação, que por sua vez fomenta o desenvolvimento regional com soluções capazes de gerar emprego, renda e bem estar social”, explica a Coordenadora da AGEUNI na Unioeste, Maria da Piedade Araújo.
É por isso que existe a necessidade de que todos os envolvidos não meçam esforços para fazer acontecer, o Comitê formado por conselheiros que representam frentes da sociedade precisa pensar na comunidade em geral em cada ação planejada e executada. O prefeito de Francisco Beltrão, Cleber Fontana falou sobre essa dinâmica tão aguardada de unir esforços para o bem comum “O que a gente quer é que na prática a Universidade esteja na sociedade. Eu fico muito feliz em ver que esse projeto está acontecendo, é um desafio para todos nós. Essa distância que ainda há precisa ser diminuída, para que os cidadãos não vejam a Universidade como algo longe, pouco explorada do ponto de vista comum. Nós tínhamos uma dificuldade para as coisas funcionarem: de um lado os empresários e do outro a universidade, penso que esse comitê tem a missão de aproximar e encontrar soluções. A sociedade muda muito rápido”.
Unioeste e Ageuni
O reitor Alexandre Webber acompanhou todo o processo de criação desse Comitê e instalação do Conselho da AGEUNI no Sudoeste e ressalta que essa união de forças será fundamental para que a comunidade possa receber o que merece da Universidade “Esse momento é muito importante porque aproxima a sociedade e propõe as ações a serem desenvolvidas na sociedade. Nesse momento, instalar a AGEUNI no sudoeste é um passo fundamental, principalmente porque nosso vice-reitor, Professor Gilmar, já presidiu a Agência de Desenvolvimento Regional e vai presidir a AGEUNI e isso será fundamental para concluir o projeto que já estava fazendo. Estamos contribuindo com a aproximação da comunidade e a Unioeste e assim abrir a possibilidade de resolvermos algumas das demandas da sociedade”.
A AGEUNI terá uma governança na região oeste e essa oficialmente instalada na Unioeste Francisco Beltrão. Para o diretor do campus, Adilson Carlos da Rocha é uma oportunidade de levar a Universidade, de forma ainda mais integradora, para todos os cidadãos “Estamos abrindo uma possibilidade de colocar em prática muito do que vem sendo planejado pelo programa de desenvolvimento regional do sudoeste que está na fase de implantação. Para a Unioeste Francisco Beltrão a AGEUNI poderá proporcionar um canal de inserção das demandas que essa universidade tem nessa região. Vai fortalecer e fazer com que se concretize essa relação entre as demandas regionais e a universidade.
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