Casal de falsos médicos é preso pela Polícia Civil em Toledo

O casal de falsos médicos que atuava em Toledo foi preso pela Polícia Civil. No início de julho dois boletins de ocorrência, de vítimas lesionadas após tratamentos na clínica onde o casal trabalhava, deram início às investigações. Uma das vítimas teve a barriga toda queimada após a aplicação de centenas de injeções.

Após a divulgação do caso, outras seis vítimas compareceram à sede da 20ª Subdivisão Policial em Toledo. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, doutor Rodrigo Baptista Santos, as provas reunidas são “bastante robustas”, tanto que a Polícia Civil havia pedido a prisão preventiva do casal. Na quarta-feira o casal acabou preso em Espigão Alto do Iguaçu, na região de Quedas do Iguaçu. “Eles estavam num sítio de difícil acesso após terem fugido de Toledo”, comenta o delegado.

Doutor Rodrigo cita ainda que os dois negaram mais uma vez as acusações. “A consequência da exposição que o caso tomou levou à prisão dos dois investigados, que fecharam a clínica e se evadiram da cidade”, completa doutor Rodrigo. “Agora vamos para a parte final do inquérito’, acrescenta. O casal deverá responder pelos crimes de estelionato, exercício ilegal da medicina, fraude processual e uso de documentos públicos falsos.

Os dois poderão ter penas de até 15 anos no caso da mulher e 6 para o homem.

DEFESA

No final da tarde, as advogadas Maria Laís Bachini Montoan Gobbi, Michael Hiromi Zampronio Miyazaki e
Natália Braga Favaro encaminharam uma nota onde citam que, “prefacialmente, considerando as notícias veiculadas na imprensa, a defesa, desde logo, manifesta-se quanto a inocência dos acusados de todas as imputações lançadas, ante a notoriedade de que os elementos probatórios trazidos aos autos são frágeis e eivados de várias irregularidades e ilegalidades, não imputando as partes a conduta criminosa em que estão senda acusadas”.

Ainda na nota as advogadas destacam que “impende destacar que as informações colhidas na investigação carecem de melhores esclarecimentos e que a prisão preventiva está acometida por diversas falhas, dentre elas, a apreensão dos medicamentos utilizados pelo requerido em tratamento próprio, conforme será demonstrado através da documentação médica juntada aos autos em momento oportuno, sob a alegação de que seriam utilizadas nos clientes do estabelecimento”.

Por fim a nota aponta que “salienta-se, que resta à defesa, no que tange ao presente caso, requerer junto ao órgão competente a instrução probatória para que depois de esclarecido plenamente o fato, sejam as partes devidamente absolvidas. Por oportuno, em nome do referido estabelecimento e em consideração aos clientes, as partes declaram que todos os fatos serão efetivamente esclarecidos e aqueles que tiverem alguma dúvida podem entrar em contato com a defesa para maiores informações”.

Márcio Pimentel

Da Redação

Mais detalhes na versão impressa do JORNAL DO OESTE. A entrevista completa você pode acompanhar no nosso canal do Youtube.

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