Custo da cesta básica volta a subir em fevereiro

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Após três meses consecutivos de redução, o custo da cesta básica volta a subir no município. De acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo, entre janeiro e fevereiro de 2025, houve aumento de 4,95% no custo, passando de R$ 626,46 para R$ 657,44. Também ocorreu aumento acumulado de 4,28% nos últimos 12 meses. O levantamento é realizado pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), coordenado pela professora e doutora Crislaine Colla.

Nos últimos 12 meses, foram seis meses com aumentos e seis meses com reduções no custo. Em março de 2024 a cesta básica custava R$ 630,43 e observou-se que nos meses de abril e maio de 2024 ocorreram reduções e os valores voltam a subir em junho de 2024. O mês de julho e agosto de 2024 se caracterizam pela redução do custo da cesta básica, voltando a aumentar em setembro e outubro de 2024. Em novembro e dezembro de 2024 e em janeiro de 2025 o custo da cesta básica diminuiu, voltando a subir em fevereiro de 2025.

Quando a pesquisa foi iniciada no município de Toledo, em abril de 2021 (há 47 meses), a cesta básica custava R$ 488,61 e, em fevereiro de 2025, seu custo foi de R$ 657,44, o que significa um aumento acumulado de 34,56%.

PRODUTOS – Dos 13 itens da cesta básica, o levantamento aponta que oito apresentaram aumento do preço médio, que foram: o café (12,17%); a batata (12,11%); o pão francês (10,34%); a carne (6,89); o tomate (6,80%); a margarina (4,86%); o leite (3,86%); e a farinha de trigo (3,85%). Em contrapartida, cinco produtos apresentaram redução no preço médio no período: o feijão (-8,52%); o arroz (-7,83%); o óleo de soja (-4,86%); a banana (-3,67%); e, por último, o açúcar (-0,40%).

O café foi o produto que apresentou o maior aumento no período analisado, de 12,17%, principalmente em função dos baixos estoques causados pela baixa produção nacional e no Vietnã, além da continuidade da demanda internacional. O tomate apresentou o segundo maior aumento, de 12,11%, resultante do maior volume de chuvas e menor oferta das regiões produtoras. Por sua vez, o feijão apresentou a maior redução no preço (-8,52%), em razão do avanço da colheita do grão, promovendo o aumento da oferta (DIEESE, 2025).

“Diante da variação total da cesta básica individual para o mês de fevereiro de

2025, que foi de 4,95%, o aumento no preço da carne e do pão francês representaram o maior impacto para o aumento do índice. O aumento não foi maior em razão da redução do preço do feijão e da banana. A carne foi o produto com o quarto maior aumento no mês de fevereiro, mas esse aumento tem maior impacto em razão da carne ser responsável por cerca de 40% do custo total da cesta básica”.

Já os produtos que apresentaram aumento de preços nos últimos 12 meses foram: o café (93,98%); o óleo de soja (48,63%); a carne (24,54%); o pão francês (18,16%); o leite (12,73); e a farinha de trigo (0,86%). Por sua vez, sete produtos apresentaram variação acumulada negativa, que seriam: a batata (-42,60%), o feijão (-32,27%); o tomate (-26,87%); a banana (-15,31%); o arroz (-14,16%); o açúcar (-3,46%); e a margarina (-1,73%).

SALÁRIO – Com respeito ao valor do salário-mínimo necessário para adquirir a cesta básica e suprir as despesas domiciliares mensais com habitação, vestuário, transporte, dentre outros, em Toledo, o levantamento aponta que precisaria ser de R$ 5.262,91 em janeiro de 2025 e R$ 5.523,18 em fevereiro de 2025.

“Ao comparar o salário-mínimo necessário de Toledo e a média nacional para o mês de fevereiro de 2025, nota-se que o valor nacional precisaria ser de R$7.229,32, ou seja, 30,89% maior. Ainda, deve-se levar em consideração que o salário-mínimo necessário em Toledo durante o mês de fevereiro de 2025 corresponderia a 3,84 vezes o piso nacional vigente, que é de R$ 1.518,00”.

COMPARAÇÃO – A Pesquisa da Cesta Básica de Toledo também analisa a comparação entre Toledo e as cidades de Cascavel, Pato Branco, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e a capital Curitiba (situadas no Paraná), além das outras duas capitais da Região Sul (Florianópolis e Porto Alegre) e das capitais selecionadas de cada mesorregião brasileira (São Paulo, Recife, Campo Grande e Belém).

No mês de fevereiro de 2025, o custo da cesta básica de Toledo foi maior que o de Cascavel, Recife, Pato Branco e Dois Vizinhos, portanto, mais barata que as cestas das demais cidades listadas. Observou-se que o custo da cesta básica de Cascavel (R$ 631,22) foi 3,99% menor que o custo da cesta de Toledo (R$ 657,44). Ao comparar o custo da cesta básica de Toledo com a de São Paulo, que apresentou a cesta básica com maior custo em fevereiro (R$ 860,53), verifica-se que a cesta da capital paulista tem custo 30,89% maior que a de Toledo.

Da Redação

TOLEDO

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