Cesta básica de Toledo ficou 1% mais barata entre setembro e outubro
O custo da cesta básica de Toledo tem uma queda de mais de 1% entre setembro e outubro deste ano, de acordo com pesquisa.
O custo da cesta básica de Toledo tem uma queda de mais de 1% entre setembro e outubro deste ano, de acordo com pesquisa. O estudo aponta uma importante redução que se sustentou pelo terceiro mês consecutivo. Nos últimos 12 meses, foram quatro meses de aumentos e oito meses de redução no custo.
Além disso, o índice acumulado de variação da cesta básica nos últimos 12 meses – desde novembro de 2022 até outubro de 2023 – traz um declínio acumulado da cesta. Segundo a coordenadora da pesquisa Dra. Crislaine Colla, o valor da cesta básica em outubro de 2023 (R$ 561,92) está -9,34% menor que o custo da mesma em novembro de 2022 (R$ 619,83), verificando-se uma diferença expressiva neste período.
PRODUTOS – Dos 13 itens da cesta básica pesquisados, seis produtos apresentaram aumento do preço. São eles:
– Batata (21,35%);
– Açúcar (3,66%);
– Farinha de trigo (3,25%);
– Arroz (3,17%);
– Pão francês (2,37%);
– Carne (1,26%).
Os sete produtos que apresentaram redução no preço médio no período foram:
– Tomate (-13,20%);
– Leite (-10,06%);
– Feijão (-5,47%);
– Café (-3,41%);
– Margarina (- 1,43%);
– Banana (-0,95%);
– Óleo de soja (-0,51%).
Dos itens apresentados, a professora salienta que a batata foi o produto que teve o maior aumento no período analisado (de 21,35%). Crislaine menciona que foi em razão das altas temperaturas e as chuvas que trouxeram resultados negativos para a produção nacional de batata. “O preço do açúcar apresentou aumento de 3,66%, o que também ocorreu na maior parte das capitais analisadas pelo Dieese, em razão do aumento do preço internacional e maior exportação”.
Por sua vez, a professora destaca que o tomate foi o produto com a maior queda de preço entre setembro e outubro de 2023 (-13,20%). Isso aconteceu porque o calor intenso maturou o tomate e elevou a oferta no varejo. “O leite foi o produto com a segunda maior redução (-10,06%), por causa da produção de leite no campo e da importação, o que fez com que os preços diminuíssem no varejo. O feijão foi o produto com a terceira maior redução no preço no período (-5,47%), que ocorreu em razão das importações e os grãos da safra mais recente abasteceram o varejo”.
ÚLTIMOS MESES – Os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos últimos 12 meses foram: o arroz (23,67%); o açúcar (10,86%); o tomate (4,34%); o feijão (2,73%) e o pão francês que aumentou 0,02% nos últimos 12 meses.
Oito produtos apresentaram variação acumulada negativa, que seriam: o óleo de soja com uma redução de -29,70%, a batata, com uma redução de -28,29%, o café que diminuiu -20,61% do seu preço, o leite apresentou redução de -16,61%, a banana que reduziu -13,89%, a farinha de trigo apresentou redução de -12,85%, a carne com uma redução de -12,15%, e a margarina acumula redução de -12,05% nos últimos 12 meses.
Conforme a professora, quando se observa a variação acumulada de janeiro a outubro de 2023, também é possível identificar volatilidade nos preços, pois nesse período a banana já apresentou aumento de 23,53%. Na mesma direção, percebe-se que o açúcar é o produto com o segundo maior aumento acumulado de 2023, sendo esse de 13,86%. Em seguida, aparece o tomate, com aumento de 11,96%. O arroz apresentou aumento de 1,13% e o pão francês com uma alteração pouco perceptível de 0,01%.
Crislaine pondera que dos 13 produtos analisados, oito deles apresentaram redução no ano, que são: a batata com a maior redução de -35,65%. Em seguida, vem o óleo de soja com uma redução de -31,96%. Logo após, o café apresentando uma variação acumulada negativa de -21,14%; o preço do feijão diminuiu em -16,78%; o leite diminuiu -13,80%; a carne diminuiu -11,86%; a farinha de trigo com redução de – 11,48% e a margarina reduziu -10,90%.
VARIAÇÃO DE CUSTO – Além do acumulado nos últimos 12 meses, também foi possível visualizar a variação do custo da cesta básica no ano corrente, ou seja, do mês de janeiro a outubro de 2023, período no qual apresentou redução significativa, de -7,42%.
Como reflexo da redução do índice de variação percentual do custo da cesta
básica individual, esta passou de R$ 568,53 em setembro de 2023 para R$ 561,92 em outubro de 2023. “Assim, o percentual do salário-mínimo líquido necessário para adquirir a cesta básica para uma pessoa adulta apresentou redução no mês de outubro, quando seria necessário 46,02% do salário-mínimo para a cesta em outubro de 2023 (comparado aos 46,56% do salário-mínimo em setembro). Com isso, um trabalhador precisa de quase a metade do salário mínimo para comprar a cesta básica individual”, salienta Crislaine.
Em síntese, a cesta básica teve diversas oscilações nos últimos 12 meses e é possível observar a volatilidade no custo, com diversas oscilações ao longo do ano de 2022 e 2023. Em novembro de 2022 a cesta básica custava R$ 619,83 e observou-se uma redução em dezembro, que se seguiu nos três meses seguintes, de janeiro a março de 2023. Verifica-se um aumento em abril e maio de 2023, uma redução em junho, novo aumento em julho de 2023 e volta a reduzir em agosto, setembro e outubro de 2023.
A professora recorda que quando a pesquisa foi iniciada em Toledo, há 30 meses atrás, em abril de 2021, a cesta básica custava R$ 488,61 e, em outubro de 2023, seu custo é de R$ 561,92, o que significa um aumento acumulado de 15,01%. O valor máximo em 2023 foi em maio R$ 625,85; 28,09% superior àquele do início da pesquisa e, R$ 645,74 em abril de 2022 (32,16% superior àquele do início da pesquisa), o valor máximo em toda a série.
Crislaine ainda destaca que nos últimos 12 meses teve uma volatilidade no custo da cesta básica de Toledo, resultando em um índice negativo expressivo de -9,34%. “Percebe-se que em 2023 ocorreu uma redução acumulada de -7,42%, que também pode ser considerado significativo para o período. Por último, aponta-se que as variações ocorridas nos últimos meses retratam primeiramente uma desaceleração e redução no custo da cesta básica em Toledo, que se manteve nos últimos três meses seguidos”, finaliza.
A pesquisa é realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional, composto pelo curso de Ciências Econômicas e pelos programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (PGDRA) e de Pós-Graduação em Economia (PGE), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. A pesquisa também faz parte de um convênio entre a Unioeste e Prefeitura.
Da Redação
TOLEDO