20ª Regional de Saúde está em situação de alerta para Chikungunya

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Dores intensas nas articulações, principalmente nas mãos e pés; edema nas articulações; dores nas costas e musculares; manchas vermelhas pelo corpo; prurido (coceira) na pele e febre são alguns dos sintomas da chikungunya. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, publicou o novo informe semanal da dengue na última terça-feira (18). Essa publicação traz dados sobre chikungunya e zika, doenças que também têm como vetor o mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a Sesa, foram confirmados 595 casos de Chikungunya, com um total de 1.706 notificações da doença no Estado. Segundo a atualização no sistema realizada no dia 19 de março deste ano, a 20ª Regional de Saúde (R.S) de Toledo possui 310 notificações de casos de Chikungunya, sendo 158 em Mercedes e 113 em Assis Chateaubriand.

Em Mercedes, 26 casos foram confirmados. Deste total 23 são autóctones e três importados. O Município apresenta uma incidência de 415,46 por 100.000 habitantes. Já Assis Chateaubriand, tem 113 casos notificados e 14 casos autóctones confirmados.

O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª R.S Felipe Hofstaetter Zanini explica que não há série histórica da doença, pois casos importados ocasionais foram registrados em anos anteriores. “É a primeira vez que ocorre casos autóctones nos municípios. Inclusive, a cidade de Assis Chateaubriand pode decretar epidemia para a doença”.

Conforme Zanini, os gestores de Assis Chateaubriand já encaminharam a documentação para a 20ª Regional de Saúde com o pedido. Ele recorda que Assis começou as notificações no dia 11 de fevereiro deste ano e os casos ampliaram em poucos dias.

DOENÇA – A chikungunya é uma doença infecciosa causada pelo vírus chikungunya, que é transmitida por mosquitos do gênero Aedes. O tratamento é feito com antipiréticos para a febre, analgésicos para a dor e soro fisiológico para a desidratação.

O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª R.S chama a atenção que o paciente pode apresentar dores ou outros sintomas da doença por até cinco anos. Ele enfatiza que o paciente sente muita dor. “O que nos deixa preocupado é que segundo a biografia, 50% dos casos podem evoluir para doença crônica. Exemplo: a Regional tem 310 casos notificados, metade pode ser um paciente crônico. Trata-se de um paciente que precisará de uma linha de cuidado, considerada nova como especialidade ou para a rede de atenção. Os números não são considerados bons”.

ORIENTAÇÕES – A principal orientação do profissional é continuar o combate ao mosquito Aedes. Ele pontua que o período do vírus no organismo é maior em relação a dengue. “Exemplo: eu fui picado hoje; na dengue fica encubada de cinco a dez dias e na chikungunya até 13 dias”.

Segundo Zanini, a 20ª Regional de Saúde tem estabelecido ações para evitar a ocorrência de surtos. “Antes que vire uma manifestação em toda a regional”.

Inclusive, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), por meio de suas 22 Regionais de Saúde, mantém ações contínuas para o enfrentamento das arboviroses (dengue, chikungunya e zika), incentivando a adoção de novas tecnologias.

Conforme dados da Sesa, nos últimos 12 meses, o Paraná implantou e capacitou profissionais para atuar em diversas frentes de combate ao mosquito, como o método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, impedindo a proliferação do vírus da dengue; a técnica de borrifação residual (BRI-Aedes), que aplica inseticida em locais com grande circulação de pessoas; e o monitoramento entomológico por ovitrampas, armadilhas de oviposição para as fêmeas do mosquito.

A Sesa reforça que a maior parte dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus pode ser eliminada com medidas simples, como a remoção de água parada em vasos de plantas, pneus e lixo acumulado. “Essas ações, aliadas à intensificação dos serviços de limpeza urbana e à destinação adequada de resíduos, são essenciais para reduzir a incidência dessas doenças e proteger a população”, afirma Zanini.

Da Redação

TOLEDO

População deve evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti

“Chikungunya é uma doença que, infelizmente, pode evoluir para a forma crônica e pode trazer muito sofrimento, que pode durar meses até anos. Não queremos ver pessoas passando por essa doença ou sofrendo com seus sintomas. Por isso, é importante evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti em nossa regional, o transmissor desta doença”, detalha o diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo (R.S) Fernando Pedrotti ao enfatizar orientações para a população.

Pedrotti explica que os municípios da Regional podem ter mais casos de chikungunya quanto mais mosquitos estiverem em circulação. “É essencial evitar possíveis criadouros para o mosquito. Como fazer? Evitar água parada no quintal e dentro de casa. Então é verificar se no quintal não há objetos que possam acumular água. Basta uma sacola plástica que o vento traz e enrosca em uma árvore, em uma planta ou em uma folhagem do quintal. Basta de uma semana a dez dias para o mosquito se desenvolver”.

Tampinha de garrafa de água, vasilha para água de animal doméstico, bacia ou balde são possíveis criadouros do mosquito Aedes. “Calhas também são locais propícios para o desenvolvimento do mosquito, assim como pratos dos vasos de flores devem ser evitados e quando eles existem precisam estar com areia”, destaca Pedrotti.

ÁGUA – O diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo enfatiza que água parada é sinônimo de criadouro do mosquito Aedes. “A população também precisa estar atenta aos ralos nos banheiros, aos vasos sanitários em um ambiente que é pouco usado, enfim. As pessoas precisam estar muito atentas. Eu continuo acreditando nas pessoas, nos cuidados e, por isso, a solicitação e o apelo, para que a população siga as orientações e as recomendações das autoridades. É fundamental evitar água parada!”, finaliza Pedrotti.

Da Redação

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