Chuvas melhoram produção de folhosas, mas tubérculos ainda estão em falta

A mudança no clima tem contribuído com o trabalho dos produtores de hortaliças em Toledo. As pancadas de chuva trazem um alívio para quem ficou mais de dois meses sem conseguir colher nada da terra. A forte estiagem que atingiu a região no começo do ano comprometeu o trabalho de grande parte dos produtores que comercializam as verduras e legumes nas feiras da cidade.

O presidente da Associação dos Feirantes de Toledo (Afertol) José Martins conta que os produtores que perderam tudo com a seca retomaram o plantio, mas com receio de um novo período sem chuvas. Contudo, quem visitar as feiras de Toledo vai notar que as bancas estão mais cheias. “Com o retorno das chuvas, as feiras de Toledo melhoraram cerca de 35%. Alguns produtos demoram até dois meses para ficar pronto para o consumo, então esses ainda estão em falta, mas quem plantou folhosas, por exemplo, já está vendendo os produtos”.

EM FALTA – Martins explica que os tubérculos, do grupo de alimentos que possuem raízes grossas e subterrâneas, ou seja, nascidas embaixo do solo, demoram cerca de dois meses para ficarem prontos para o consumo. Entre eles estão a cenoura, a beterraba e o rabanete. “Esses alimentos estão em falta. Quem plantou antes acabou perdendo por conta da seca, agora temos que esperar cerca de um mês para essa nova produção ficar pronta”.

Dos alimentos produzidos ‘dentro da terra’, como Martins exemplifica, somente a mandioca ainda tem para vender nas feiras. Com a falta dos outros tubérculos, Martins cita que o que está disponível nos supermercados da região vem de outras cidades e até de outros estados. “Por isso que o preço fica tão salgado. Tem supermercados em Toledo vendendo a cenoura por R$ 17 o quilo. Como não temos produção local, é preciso transportar de outra região e o frete acaba encarecendo o preço final ao consumidor”.

Dentro de um mês mais ou menos, o presidente da Afertol acredita que esses alimentos voltarão as bancas das feiras da cidade. E com uma oferta maior, a expectativa é que o preço possa reduzir. “Esperamos que o preço caia um pouco se não o produtor não vai conseguir vender e poderá perder sua produção”. Outros alimentos que também estão em falta nas feiras de Toledo e que são transportados de fora são: pepino, chuchu e repolho.

ABUNDÂNCIA – Ao contrário dos tubérculos, as hortaliças folhosas como alface, almeirão, rúcula e couve têm em maior quantidade e boa qualidade nas feiras de Toledo. José Martins explica que esses alimentos são produzidos mais rapidamente, cerca de 25 a 30 dias.

E o período é apropriado para esse cultivo com umidade na medida certa. O quiabo também está na lista dos alimentos em abundância nesta época do ano, assim como o milho verde que está chegando nas bancas com boas espigas. “O consumidor tem que aproveitar esses alimentos da época porque estão com boa qualidade e preço atrativo. Desta forma também dá para variar o cardápio do dia a dia com alimentos saudáveis direto do produtor”.

Ao visitar as feiras de Toledo, Martins dá mais uma dica para o consumidor economizar nas compras: pesquisar preços e qualidade dos produtos. “Desta forma você fará suas compras com mais economia. Comprando as ‘misturas’ da semana nas feiras de Toledo, o consumidor ainda estará ajudando a economia da sua cidade através dos pequenos produtores”, finaliza.

Da Redação

TOLEDO

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