Chuvas volumosas em março beneficiam cultivos de verão, informa Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab

Dados do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado na quinta-feira passada (24) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontam que nas primeiras semanas de março, os cultivos de verão das regiões Norte, Centro-Oeste, Sul e parte das regiões Nordeste e Sudeste foram beneficiados por bons volumes de chuva, embora o excesso de precipitações tenha reduzido o ritmo das operações de colheita em algumas regiões. 

Segundo o estudo, a semeadura e o desenvolvimento do milho segunda safra também têm ocorrido sob condições favoráveis de clima. Menores volumes pluviais foram observados no sudoeste do Piauí e no oeste da Bahia, porém as quantidades foram bem distribuídas e suficientes para a manutenção da umidade no solo. 

A média diária do armazenamento hídrico no solo durante os primeiros 21 dias de março ficou acima de 60% em praticamente todas as regiões produtoras do país, com exceção de parte de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. 

As análises do Boletim indicam que em Minas Gerais, o baixo índice pluviométrico tem reduzido a umidade do solo e restringido a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de segunda safra em algumas áreas. Já na Região Sul do país, as chuvas contribuíram com a recuperação do armazenamento hídrico no solo e as lavouras em estádios reprodutivos.

Desenvolvimento vegetativo – segundo o estudo da Companhia, o comportamento do Índice de Vegetação (IV) expressa o bom desempenho da primeira safra nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e na região do Matopiba.  Em razão do longo período de estiagem nos meses anteriores, o Índice da safra atual se apresentou inferior às safras anteriores nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Apesar da sua recuperação nas últimas semanas, a expectativa é de redução na produtividade, aponta o estudo. 

O BMA é feito pela Conab em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). Também contribuem diversos agentes colaboradores, por meio de dados pesquisados em campo.

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