Cigarrinha e enfezamentos do milho desafiam produtores e autoridades

Em meio à diversidade de insetos que causam prejuízos na agricultura, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é, atualmente, considerada uma das mais severas pragas pelo produtor rural. A cigarrinha é ‘especialista’ em plantas de milho e o problema ocorre por ela succionar a seiva das plantas e transmitir vírus e molicutes do enfezamento do milho. Nos últimos temos, o animal tem atingido diversas propriedades da região e também do Paraná.

Para evitar problemas com enfezamento na cultura do milho, o Conselho de Desenvolvimento do Agronegócio de Toledo promoveu uma reunião, na última segunda-feira (19), na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos. O presidente da entidade, João Luís Nogueira, destaca que a proposta é dialogar com as diversas autoridades. “Nós queremos desencadear um movimento para esclarecer, sobretudo, aos produtores rurais da importância de eliminar as plantas voluntárias de milho e, com isso, controlar a disseminação da praga cigarrinha”.

Nogueira explica que a ação é importante, porque essa praga gera uma doença chamada enfezamento, causa perdas nas lavouras de milho e aumenta a cada ano. “Esse alerta precisa chegar a todos os produtores de Toledo e da regional”.

INICIATIVA – A Campanha de Alerta ao Produtor Rural está sendo promovida pelo Conselho Municipal do Desenvolvimento do Agronegócio de Toledo, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa Milho e Sorgo, Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR-Paraná). A iniciativa tem o apoio da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Toledo e da Secretaria do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico.

A partir da reunião do Conselho, a Campanha já está sendo desencadeada. “Nós produzimos imagem e vídeo e encaminharemos aos produtores rurais em um momento que avança o ciclo da soja ou do milho safrinha que será plantado em janeiro do próximo ano”, afirma Nogueira.

O presidente do Conselho comenta que a Adapar tem repassado as informações dos estudos que já elaboraram sobre as formas de controlar a praga. “É importante que os produtores rurais estejam atentos daqui para frente e, principalmente, na questão da eliminação das plantas voluntárias do milho que crescem ou estão se desenvolvendo uma vez que tivemos uma janela ampliada entre a colheita segunda safra e a semeadura que está no processo inicial”.

Nogueira relata que a planta voluntária precisa ser eliminada para que a praga não se perpetue e sobreviva a tempo de alcançar a safra. “O manejo é a forma mais eficiente, neste momento, para controlar o avanço da cigarrinha e para não trazer mais prejuízo ao produtor rural. Por isso, a nossa campanha é um alerta e um trabalho de conscientização sobre o risco e as consequências da doença provocada por esse bichinho”.

O presidente do Conselho enfatiza que quando uma safra é encerrada, geralmente, fica uma sobra da cultura. “O produtor precisa retirar tudo durante o manejo, porque no início da germinação, o controle de erva daninha é realizado. Porém, antes as plantas voluntárias já estavam na área e ainda não se sabe ao certo o local que essa cigarrinha se aloja. Ao fazer o controle e o manejo diminuem o impacto do mal que pode provocar, pois nós temos um potencial de produção maior ao atual”, finaliza Nogueira.

Da Redação

TOLEDO

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