Agronegócio avança na tecnologia do controle de pragas e ervas daninhas

Por Dilceu Sperafico*

O avanço da pesquisa científica e evolução da tecnologia estão anunciando promissora inovação para ambientalistas, consumidores e especialmente produtores rurais. Trata-se da possibilidade de redução e até eliminação do uso de defensivos agrícolas, no caso de herbicidas, para o controle de ervas daninhas nas plantações tradicionais de cereais, leguminosas e até mesmo hortaliças. Trata-se do uso de equipamentos com capacidade de identificar e eliminar vegetais invasivos, sem a aplicação dos produtos químicos ou defensivos, chamados de agrotóxicos. Para isso, serão utilizadas inteligência artificial (IA), visão computacional e emissão de raios lasers. 

A novidade foi anunciada recentemente pela empresa Carbon Robotics, sediada em Seattle, nos Estados Unidos, que está utilizando IA e visão computacional na busca de alternativas para combater ervas daninhas em lavouras ou plantações sem a aplicação de defensivos tradicionais. O Laser Welder, como é chamada a tecnologia, identifica ervas daninhas no solo em tempo real e as elimina com lasers de alta potência. Trata-se de equipamento conhecido como reboque automotivo, de cerca de quatro toneladas, tracionado por trator, na realização de rondas em toda a extensão das plantações. Segundo seus idealizadores, a máquina conta com 30 lasers, em sistema capaz de identificar até 2.300 espécies nocivas e eliminar cinco mil ervas daninhas por minuto.

Conforme especialistas, a invenção está programada para não atingir vegetais ou insetos que não oferecem riscos às plantações, como abelhas e outros polinizadores. Atualmente, em algumas regiões com agricultura mais avançada outra forma de combater ervas daninhas sem a contaminação do solo por herbicidas está nas plantações em estufas, onde o isolamento permite o controle do ecossistema. Além disso, também já é possível identificar pragas, ervas daninhas e outros invasores das plantações utilizando informações extraídas de satélites com dados agronométricos. O próximo passo é articular ferramentas de IA para intervir fisicamente nessas atividades agrícolas, especialmente as destinadas à produção de alimentos.

Conforme especialistas, na prática os objetivos das grandes empresas agrícolas e produtores de diversos países, são alcançar a transição de modelo de agronegócio baseado fundamentalmente em produtos químicos no combate às praças, ervas daninhas e outros problemas dos vegetais, para sistemas em serviços tecnológicos e formação científica de agricultores, técnicos e colaboradores das atividades agropecuárias. Esses avanços estão se tornando possíveis e disponibilizados aos interessados, graças à expansão da inovação tecnológica, especialmente através da IA. Na verdade, a tecnologia está oferecendo avanços e inovações em todas as atividades humanas, urbanas e rurais, em todo o mundo.

Esses mesmos conhecimentos estão agora sendo utilizados também no desenvolvimento do agronegócio, oferecendo novos e revolucionários equipamentos agrícolas, como tratores, plantadeiras e pulverizadores com as mesmas atribuições das máquinas tradicionais, mas utilizando sistemas e produtos impensáveis até pouco tempo. Para o Oeste do Paraná, o Estado e o Brasil, que se destacam na produção, transformação e exportação de alimentos no cenário internacional, essas são muito boas notícias para produtores e trabalhadores rurais e consumidores urbanos. 

*O autor é Deputado Federal pelo Progressistas do Paraná. Está em seu sétimo mandato. Foi chefe da Casa Civil do Governo do Estado, presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. É produtor rural, filósofo e advogado. Autor de 16 livros.

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