Em todos os lugares por onde ando, tenho encontrado pessoas que se dizem infelizes por não terem conseguido os mesmos resultados de seus amigos, parentes, colegas de trabalho ou vizinhos. Reclamam, pois parece que para os outros tudo é fácil e para elas a vida está sempre empacada. Nada anda, tudo dá errado, sempre chegam depois dos acontecimentos, ficam com as sobras e coisas deste gênero.
Para estas pessoas, eu tenho sempre uma resposta que à princípio parece dura, mas logo percebem que é a mais pura realidade: – Só vá onde for chamado. Cuide primeiro de sua vida e de sua família, deixe a dos outros tomarem o rumo que lhes forem determinados por cada qual. Aceite começar pequeno. Crie metas e objetivos com prazos determinados. Ande sempre em frente rumo ao que deseja. Aprenda com os obstáculos e siga ainda mais determinado. Jamais se preocupe com a velocidade, mas sim com o rumo que escolheu. Crie seus próprios caminhos. Tenha muita calma, pois velocidade e resultados positivos quase nunca andam juntos. Comunique-se com perfeição. Dê tempo ao tempo e com certeza chegará lá.
Como chegou lá o determinado protagonista desta história que passo a narrar…
“Ulysses S. Grant, o general da Guerra Civil Americana, não foi um comandante de campanhas tão espetaculares quanto muitos de seus adversários, em especial o general Lee, o mais veloz dos generais. Mas Grant era perito em inverter rapidamente situações desastrosas. Ele foi conhecido como “a tartaruga que venceu Lee, a lebre”. Por inúmeras vezes atacou Lee, e a cada derrota, voltava, esperava, revia seus planos e atacava novamente. Ele não desistiu nem recuou, até que conseguiu seu objetivo de render Lee.
Grant deixou um verdadeiro legado na solução de situações de caos e de desvantagens presentes em guerras. Nasceu em 27 de abril de 1822 na cidade de Ohio, logo após a Guerra de 1812, fim do rebuliço que Napoleão Bonaparte causou em toda a Europa. Filho de um dono de curtume, detestava a visão e o cheiro de sangue. Em 1838, foi estudar na academia de West Point, que se distinguia das demais academias da Europa, pois além de contemplar os estudos das artes da guerra, dotava seus futuros generais de competências relativas à engenharia e matemática.
Determinar exatamente o porquê de U.S Grant ter sido um comandante bem-sucedido é uma tarefa desafiadora. Dentre todos os líderes militares da história como – Alexandre o Grande, Júlio César, Napoleão Bonaparte, Carlos Magno, Gengis Khan, Eduardo III e Gustavo Adolfo da Grécia – Grant com certeza foi o mais enigmático.
De aparência comum, não despertava nenhum talento especial à primeira vista. Por isso muita gente subestimou sua capacidade, o que lhe tornou, devido a sua profundidade por trás de sua gentileza, um líder vitorioso, realmente focado nos resultados positivos.
Grant encarregava-se pessoalmente da maioria das suas comunicações com seus subordinados, pois era um hábil escritor, de uma clareza de objetivos jamais vista. Muitos generais da época caiam no erro de redigir ordens em aberto ou então presumir demais. As ordens de Grant eram sempre exatas e iam direto ao assunto.
A verdadeira genialidade de Grant talvez fosse a capacidade de executar tarefas com normalidade, mesmo em situações de grande tensão ou confusão. Quando havia caos por toda a parte, Grant continuava a desenvolver suas tarefas como se nada houvesse. Um dos exemplos de Grant foi o que ocorreu na batalha de Wilderness, em 1864, quando, em pleno tiroteio sentou-se em um toco de árvore para escrever um despacho a um de seus generais. Enquanto escrevia, um obus da artilharia inimiga passou a poucos centímetros de sua cabeça. Ele simplesmente levantou os olhos e continuou a escrever tranquilamente.
Em pouco tempo, passara a ser respeitado por seus adversários, por sua incrível capacidade de concentração e persistência. Assim que tivesse um objetivo em mente, Grant não o largaria mais, e continuaria avançando em sua direção sem nunca recuar, levasse o tempo e esforço que levasse. Algumas histórias contam sobre seus deslocamentos a cavalo até determinados pontos em que, se ele descobrisse que a estrada não ia na direção que queria, começava a pular cercas e riachos, em busca de uma nova rota. Devido a seu aguçado senso de direção e coerência, nunca precisou retornar ou desistir de uma empreitada.
Grant aceitou sempre progredir com certa lerdeza, por isto o apelido lhe dado de “tartaruga”. Mas como sabia sempre onde realmente queria chegar, não se preocupava com os movimentos à sua volta, por isto, anos mais tarde numa bela manhã ensolarada, se via aclamado como novo presidente dos Estados Unidos.”
Meu amigo leitor acredite no que está tentando fazer de bom para sua vida. Conquiste aliados de competência comprovada. Ajude muitas pessoas. Jamais pratique injustiças, pois estará cultivando inimigos implacáveis. Não fique se comparando com os outros, siga em frente. Aceite desafios. Evite coisas fáceis demais. Acredite que cada coisa acontece ao seu tempo para aqueles que se prepararam para isto. Não esqueça de que sua carreira está em você, não na função que ocupa.
Por isto, é preciso estar sempre preparado para a hora em que precisar mostrar realmente seu valor. Enfim, para chegar lá, não é preciso pressa, apenas que sejam feitas as coisas certas, na hora certa, e no lugar certo.
Um abraço do Klaue !
Eduardo Klaue: Conselheiro Pessoal de Líderes Empresariais. Sócio nas empresas “Klaue Consulting” e “Klaue Corretora de Seguros”.
E-mail: eduardo.klaue@klaueconsulting.com.br