Em Cascavel
Um caravana de mulheres de Toledo esteve em Cascavel na terça-feira (25) para prestigiar a primeira-dama Michele Bolsonaro, como a vereadora Eliane Bombardelli e Rosangela De Marchi, esposa de Lucio De Marchi, primeiro suplente de deputado estadual do Progressistas.
“Dispensável
“Qualquer um é dispensável”. A frase foi dita pelo vice-prefeito Ademar Dorfschmidt ao agora ex-secretário da Prefeitura de Toledo
Neuroci Antonio Frizzo, que esta semana concedeu uma entrevista a Batista Franco na Rádio União, quando deu mais detalhes sobre os motivos de sua saída. De acordo com Frizzo, o “trabalho precisa ir para o mesmo lado”. O problema para saída foi de relacionamento e respeito. Ou melhor, a mais absoluta falta de respeito com tudo que Frizzo representa ao grupo do prefeito Beto Lunitti.
‘Grupelo’
O ex-secretário classificou de ‘grupelo’ o grupo criado por alguns integrantes da gestão do prefeito Beto Lunitti para criticar determinados secretários. “Não poderia ficar aguentando ofensas de gente que não tem história em Toledo, que não conseguiu fazer nada na vida, estão no cargo indicados por organismos”, disparou sem meias palavras Neuroci Frizzo, que disse ter tirado “um fardo das costas”.
Fidelidade
Frizzo afirmou que o Gabinete montou um ‘grupelo’ de gente que “se acha o bicho da goiaba”, mas que serve apenas para falar mal dos servidores. “Não tenho como aceitar esse tipo de coisa”, afirmou o ex-secretário, ressaltando ter sido fiel mais de 20 anos nos piores momentos ao lado de Beto Lunitti. “Saio com a alma lavada, mas chateado”.
Rentista
Uma das coisas que mais incomodou Frizzo foi a mensagem recebida no privado de um secretário dizendo que ele era um rentista, ou seja, uma pessoa que vive de rendas, aplicações financeiras ou rendimentos, quantias recebidas regularmente como consequência de alugueis, investimentos, etc. “
O que esse cidadão fez na vida? Nem a atividade dele exerce direito. É um desagregador”, criticou Frizzo.
Conversa
“Não briguei com o prefeito Beto Lunitti, mas até agora ele não falou comigo pessoalmente, apenas por mensagens”, frisou o ex-secretário que não irá deixar a vida pública. “Não tenho mais compromisso político com meu amigo Beto. Não vou atrapalhar o partido. Vida segue. Beto tem novos parceiros na administração e eu posso ter novos parceiros políticos”.
13º
A diretoria da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic) emitou uma nota contra o aumento no número de cadeiras na Câmara de Cascavel e também quanto ao pagamento do 13º salário aos vereadores. “Além de gastos públicos adicionais, principalmente em um momento ainda de dificuldades financeiras devido a dois eventos de alcance e impacto mundial (pandemia e guerra), o aumento do número de vereadores e do 13º sequer foi democraticamente debatido com a sociedade”, traz um trecho da nota.
Suficiente
A associação comercial não entende que o maior número de cadeiras vai melhorar a qualidade dos debates ou dos trabalhos que o Legislativo desempenha. E quanto à questão da representatividade, o número atual nos parece mais do que suficiente. “Além do mais, a soma de vereadores, chegando então a 23, é muito maior em comparação ao de outros municípios de porte similar ao de Cascavel. Maringá e Foz do Iguaçu, por exemplo, têm apenas 15 vereadores, cada. Ponta Grossa, por sua vez, tem 19. Outro ponto a destacar: ao aumentar a composição em dois vereadores, ocorrerá a reboque a elevação no número de servidores no Legislativo de Cascavel”.
Sobrecarga
A Acic ressalta ainda que aumentar o tamanho e o peso da máquina pública, sem necessidade, vai sobrecarregar ainda mais o contribuinte. “Não faz sentido elevar os gastos diante do argumento de que a Câmara utiliza valor inferior àquele a que tem direito junto ao orçamento municipal. Assim, a Acic defende também que se faça uma revisão do teto de gastos do Legislativo. A Câmara de Vereadores de Cascavel não precisa de mais edis e de gastos maiores, precisa sim de pessoas ainda mais comprometidas com a qualidade de suas funções em favor da comunidade e com o respeito ao dinheiro público”, finaliza o documento.
