A democracia venezuelana

Esta semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um de seus hobbies favoritos: viajar! Esteve na Bélgica para uma série de encontros e, claro, para aproveitar outro de seus hobbies favoritos: discursar! Na lábia conseguiu sair da prisão e até se elegeu presidente pela terceira vez. É preciso reconhecer que Lula é um fenômeno sob qualquer ótica de liderança. E assim, na base da lábia, conseguiu engambelar o mundo em seus dois primeiros governos. Já no terceiro…

O presidente esqueceu que o mundo mudou enquanto ele esteve encarcerado. Solto pelas benesses de um Supremo cada dia mais partidário, Lula segue viajando e discursando, entretanto, a plateia agora é bem mais seletiva. Ao menos quando se trata do espaço reservado para os demais líderes mundiais. Sua lábia ainda funciona nas republiquetas da América Latina, que ainda sonham com um Mercosul arqueológico e com democracias como a venezuelana.

Sim, nobres leitores, na visão turva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Venezuela está sofrendo sanções injustas, desumanas por parte das nações imperialistas, em especial dos Estados Unidos. Para o presidente brasileiro, uma nova eleição ainda não aconteceu na Venezuela porque os partidos de lá não chegaram a um consenso sobre quando e como as eleições serão realizadas. E olha que na Venezuela existem apenas dois partidos: o PNI (Partido do Nicolás) e o PMA (Partido do Maduro)!

Afirmar que a eleição na Venezuela não acontece por desencontro de opinião é brincar com a inteligência alheia, ao menos de quem acompanha de perto o drama de milhões de pessoas castradas por um regime totalitário que jogou na lata do lixo o desenvolvimento de décadas anteriores, quando a Venezuela era um país livre e respeitado mundo afora.

Talvez Lula poderia bater um papo, como ele tanto gosta, com alguns dos milhares de venezuelanos que fugiram do seu país para não morrer. Alguns por tiros outros de fome. Talvez Lula poderia viajar à Venezuela de verdade e não aquela escoltada por seguranças que adoram agredir mulheres, como aconteceu em Brasília durante a viagem do ditador, ou melhor, do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Opa! Coincidência serem os nomes dos partidos da Venezuela! Ou será que não? Bom, na democracia venezuelana tudo é possível.

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