A memória cultural em evidência

Na semana passada foi o Museu Willy Barth. Nesta terça-feira foi a vez do Centro Cultural Oscar Silva, onde funciona a Biblioteca Pública Municipal. Em comum não apenas a reabertura de dois prédios públicos, mas o resgate e a manutenção da memória cultural de Toledo em ambientes devidamente preparados para atender não apenas a comunidade, mas também aos servidores que precisam executar suas tarefas, agora em prédios adequados e não em locais tóxicos e perigosos.

Tanto o museu quanto a biblioteca precisavam de uma repaginada. Os prédios estavam se deteriorando seja pela falta de manutenção ou pelas falhas na execução de obras que, por causa da lei de licitações, às vezes prioriza aquilo que é mais barato. Só que o barato sai caro!

Mas este texto não é para tratar de obras, mas sim daquilo que elas guardam. No caso destes dois prédios, uma boa parte da história de Toledo e do próprio Oeste do Paraná. São livros, utensílios, peças, textos, fotos, vídeos com depoimentos riquíssimos em detalhes sobre os primeiros anos da colonização de uma cidade que sempre respirou cultura, mas que de uns tempos para cá vinha sufocando diante de tantos desmandos.

Se Toledo ganhou por um lado o Teatro Municipal, por outro perdeu sua concha acústica localizada no Parque Ecológico Diva Paim Barth, que emprestava um certo charme ao lugar. Se ganhou um prédio para o museu, perdeu recursos e espaço dentro dos planejamentos das gestões. Até porque a cultura não é feita apenas de concreto e ferro. A cultura é feita por pessoas e por aquilo que elas conseguem produzir de belo.

A memória cultural de Toledo voltou a ficar em evidência e isso é fruto do esforço coletivo feito por todos os servidores do setor, além da dedicação da secretária Rosselane Giordani que, pode até ter lá suas convicções políticas e de vez em quando trazer algumas atrações polêmicas, como o JORNAL DO OESTE já criticou em algumas oportunidades. Entretanto, é preciso reconhecer, preguiça ela não tem! Rosselane é uma apaixonada pela pasta que defende com unhas e dentes e seu discurso na reabertura da Biblioteca Pública foi um resumo perfeito daquilo que vem sendo feito. Que a memória, especialmente a cultural, não se apague nunca!

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.