A missão de informar
É uma ‘gripezinha. Ah, todo mundo vai pegar mesmo. Isolamento social serve para alguma coisa mesmo? A máscara é boa ou ruim contra essa doença? A cloroquina é eficaz? Como se transmite esse vírus? É coisa de chinês! Isso não existe! Todo mundo que pegar a doença vai morrer. A prefeitura está exagerando. O COE quer acabar com o comércio. Fechar as academias é um crime! Idosos são mais vulneráveis à doença? E crianças? A pessoa que pegar, está imune ou corre o risco de contrair o vírus de novo.
Esses questionamentos, entre tantos outros, assim como essas e tantas frases a mais já foram ditas ou ouvidas quase todos os dias pelos profissionais do JORNAL DO OESTE desde o início da pandemia por causa do novo coronavírus (Covid-19) em Toledo, mais ou menos na metade de março. Avançamos para a 14ª semana desde então e até hoje há mais dúvidas que certezas, sem mencionar as batalhas ideológicas e politiqueiras criadas em torno de um assunto tão sério e técnico, mas onde parece haver muitos ‘especialistas’ que pensam saber tudo e mais um pouco em relação a uma doença, sim, grave, e que requer cuidados extremos para não fazer colapsar o sistema de saúde.
Neste sentido o JORNAL DO OESTE preparou uma reportagem especial neste fim de semana para tentar dirimir algumas dúvidas e suscitar outras entre nossos leitores. O objetivo com este material é, ao menos, despertar entre quem nos acompanha o desejo de se aprofundar mais em busca de informações sérias e oficiais e não se deixar levar por tantas ‘crendices’ ou mentiras difundidas no campo fértil das redes sociais, onde tudo parece ser permitido e quase nada verificado de maneira mais profunda e responsável.
Estamos cumprindo com nossa missão de informar, de buscar esclarecer alguns dos vários pontos ainda com respostas nem sempre claras e que só fazem aumentar as dúvidas e as incertezas em relação a uma doença que se espalha numa velocidade espantosa justamente porque nem sempre a maioria da população quer acreditar nas informações oficiais. É o brasileiro sendo brasileiro em sua essência de não respeitar regras básicas e que podem, neste caso, fazer uma enorme diferença entre a saúde ou a morte.