Com o advento da internet, tem sido comum o interesse das gerações mais novas em buscar a informação apenas através das redes sociais. Hoje, no Brasil, existem 2.712 cidades brasileiras (com ao menos 26,7 milhões de habitantes) consideradas como “desertos de notícias” (quando não há presença de noticiário de imprensa local). Os dados fazem parte da sexta edição do estudo Atlas da Notícia, do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), divulgada pela Agência Brasil.
Este ano, o censo que mapeia a presença do jornalismo no Brasil detectou redução de 8,6% de “desertos de notícias”. O levantamento, divulgado na quarta-feira (9), mostrou que 271 cidades passaram a contar com pelo menos um veículo de comunicação local e outros 15 voltaram a ser considerados desertos. O Projor avalia que é a primeira vez, desde 2017, que o número de cidades com jornalismo local (2.858) é maior do que o de municípios sem veículos de comunicação.
Isso ocorreu, segundo o presidente do Projor, Sérgio Ludtke, em vista do avanço dos meios nativos digitais e pelo crescimento da produção de notícias por rádios comunitárias. Um dos grandes motivos para esse aumento foi a expansão dos meios digitais, algo que o JORNAL DO OESTE vem fazendo de maneira gradativa e com excelentes resultados, mesmo sem qualquer impulsionamento de seu material.
Mas não basta o crescimento. É preciso investir na qualidade daquilo que está sendo informado, afinal, no ‘deserto’ das redes sociais é difícil acreditar em muitas coisas. Por isso a informação de qualidade é tão importante, pois ela potencializa a democracia. Quanto mais políticas públicas ajudem a incentivar o crescimento do jornalismo, maior será o combate à desinformação. A pesquisa foi realizada com o apoio de 303 colaboradores voluntários e estudantes de 80 organizações e universidades. Os dados foram coletados entre outubro do ano passado e julho de 2023.
É papel dos meios de comunicação estarem mais próximos de suas comunidades, como o JORNAL DO OESTE tem feito nos últimos anos ao direcionar sua linha editorial para a cobertura dos principais fatos de Toledo e da microrregião, ampliando gradativamente sua área de atuação de acordo com a necessidade das comunidades às quais passa a atender. Dessa forma, ampliando e levando uma informação de qualidade, é possível acreditar num país diferente e numa sociedade mais consciente daquilo que acontece à sua volta.
