A pequena que se agiganta
Quando começou, poucos apostavam que a Sociedade Garantidora de Crédito do Oeste do Paraná (Garantioeste) teria vida longa. Bom, o tempo foi passando e o que parecia uma ideia de maluco se tornou uma válvula de escape para micros e pequenos empresários atrás de crédito com juros bem mais acessíveis àqueles praticados pelo mercado formal. Criadas a partir de 2003, no Brasil, essas sociedades crescem ao longo dos anos e diante da atual crise, as garantem que o micro ou o pequeno empresário mantenha o seu negócio funcionando.
Prova maior da importância deste novo modelo de negócio – onde a taxa de inadimplência é praticamente zero – é que este ano a Prefeitura de Toledo, em função da pandemia do novo coronavírus, decidiu aplicar os recursos antes previstos para a tradicional festa da virada de ano no Parque Ecológico Diva Paim Barth na Garantioeste. Serão mais aproximadamente R$ 175 mil revertidos em crédito para compra de novos equipamentos, pagamentos, capital de giro, enfim, para auxiliar o empresário de menor poder de fogo a se sustentar e ganhar fôlego para sair da crise num momento tão delicado quanto o vivido agora.
Para se ter uma ideia da grandiosidade desta pequena, em cinco anos, o impacto com as operações das Sociedades Garantidoras de Crédito, no Paraná, chegou a R$ 99 milhões. No período da pandemia (1º de março a 31 de maio), o total de operações das SGCs atingiu R$ 84 milhões no Estado. No sistema financeiro, R$ 28,7 milhões seriam pagos em juros; nas SGCs, o montante chegaria a R$ 13,1 milhões. A economia das micros e pequenas empresas atingiu em média R$ 15,2 milhões, o que mostra uma redução do custo financeiro em 54,36%.
Este pequeno ganho representa muito para quem centavos podem representar a diferença entre manter as portas abertas ou sepultar de vez um sonho, um empreendimento. Aos poucos os próprios empresários vão perdendo o medo e quebrando barreiras que muitas vezes impedem um aporte maior por parte do poder público ou então do próprio sistema que vai se retroalimentando de acordo com os pagamentos efetuados.