A publicidade do radar
No dia 3 de janeiro deste ano, no site da Prefeitura de Toledo, foi publicado um material alertando sobre a instalação de três novos radares em pontos distintos da cidade, um deles na Avenida Ignácio Lothário Klassmann. Para quem não se localizou, essa é uma nova avenida, criada no prolongamento da Avenida Parigot de Souza, entre o viaduto com a BR 467 e o trevo de acesso a Palotina e Assis Chateaubriand. O trecho, antes rodovia estadual, foi municipalizado e agora atende por este nome. Muitos motoristas já sabiam ao receberem a notificação sobre o excesso de velocidade no local.
A polêmica nem deveria ser sobre a instalação do radar, afinal, são 36 placas alertando dos dois lados da via sobre o sistema de fiscalização eletrônica. Todas bem posicionadas, portanto, alegar desconhecimento é brincar com a inteligência. Além disso, neste trecho a velocidade máxima sempre foi de 60km/h, portanto, antes ou agora com radar, nunca foi permitido trafegar acima desse índice e quem assim fazia ou faz comete uma infração de trânsito. Antigamente a Polícia Rodoviária Estadual fiscalizava o mesmo trecho, mas com radar móvel.
O que deveria, isso sim, ser questionado é a falta de publicidade da municipalização e a consequente mudança de nome. Houvesse uma comunicação mais eficiente, certamente não haveria tanta polêmica assim em torno do equipamento que atende todos os parâmetros legais estabelecidos dentro do Código de Trânsito Brasileiro. A falta de publicidade do radar é sim questionável, parecendo mesmo ter sido criada uma ‘indústria da multa’ com a instalação de tantos radares.
Parte dessa falta de comunicação reside no fato da extinção da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Toledo, hoje resumida a um departamento lotado junto ao Gabinete do Prefeito. Apenas posts em redes sociais ou no site oficial da prefeitura não é suficiente para dizer que existe comunicação, que é algo muito mais amplo e complexo. Redes sociais são importantes, claro, ainda mais num mundo cada dia mais globalizado, mas não é apenas com isso que se faz comunicação.
A publicidade do radar foi falha, diferente de sua eficiência na fiscalização que, pela quantidade de multas emitidas até o momento, provou-se ser bastante eficaz.