A saga da Egydio – rodovia – Munaretto
Perigosa, antiga e ultrapassada são apenas alguns adjetivos que podem ser usados para descrever a Avenida Egydio Munaretto. Na verdade, sua parte em que se mistura com a paisagem urbana e torna quase impossível para o cidadão comum compreender onde começa ou termina a avenida ou então a PR-317. E vice-versa. Coisa de um Brasil onde tudo se mistura e não se pode mexer.
Durante décadas a população que usa aquele trecho de rodovia/avenida se depara com um trânsito cada vez mais pesado em função do avanço industrial da cidade, crescimento que atraiu novos investimentos, novas pessoas e, consequentemente, mais veículos transitando para lá e para cá. Aí, quem passa por ali, não consegue compreender como num pedaço há pista dupla, bem sinalizada e com iluminação decente – em frente à BRF – enquanto a metros a pista é simples, velha, cheia de buracos e com sinalização precária. As pessoas comuns não compreendem essas discrepâncias administrativas onde a jurisprudência sobre um trecho de asfalto muda a cada esquina.
Durante décadas prefeitos foram acusados de abandono, quando na verdade a culpa deveria recair sobre os ombros dos governadores. Durante décadas se queria acabar com problemas tão conhecidos de quem por ali trafega, especialmente a insegurança de motoristas e pedestres. Durante décadas muito se falou e pouco se fez.
Nesta quinta-feira deu-se um passo importante para a tão sonhada duplicação de um trecho da PR. Ainda restarão outros quilômetros, mas que certamente serão mais fáceis diante deste pontapé inicial, dado quando Dilceu Sperafico ocupou a chefia da Casa Civil do Governo do Paraná durante a gestão da governadora Cida Borghetti e José Carlos Schiavinato ainda ocupava um lugar na Assembleia Legislativa do Paraná.
Passo firme porque o governador Carlos Massa Ratinho Junior compreendeu a importância da obra. Não apenas para Toledo, mas para uma região inteira que por ali passa diariamente. Passo decisivo pelo poder de articulação do prefeito Lucio de Marchi em manter o diálogo e o respeito com o Governo do Estado, o verdadeiro ‘dono’ daquele pedaço que agora passará por uma transformação que há décadas era sonhada. E necessária!