A união da direita é possível?

Como traz a Coluna do Editor, na semana passada houve um grande encontro entre partidos que têm ligação com a direita. O convite foi feito pela Direita Toledo-Paraná, que após as manifestações do início deste ano, contra o resultado da eleição presidencial, tem procurado manter esse perfil de eleitores minimamente ligados e em constante movimento para que a concentração de esforços não tenha sido em vão.

O objetivo é muito claro: preparar terreno para o retorno de um candidato ligado à direita ao poder Executivo, tanto no âmbito municipal quanto federal. Todos sabem que a tarefa não será das mais fáceis, ainda mais diante da diversidade de pensamentos e dos interesses particulares de algumas pessoas ligadas não apenas à Direita Toledo, mas como a essa fatia da população.

Prova maior foram os resultados das eleições em Toledo. Pegando apenas as duas últimas eleições, por exemplo, Lucio De Marchi foi eleito em 2016 com 42.733 votos, contra 26.507 de Beto Lunitti; já na eleição de 2020, o mesmo Beto Lunitti venceu com 23.808 votos. Os candidatos da direita somaram, juntos, 42.558 votos. Foram 21.087 de Lucio De Marchi, outros 11.222 de Tita Furlan e mais 10.249 de Simone Sponholz. E aqui não se levou em conta os cerca de 26 mil eleitores que simplesmente não apareceram para votar na eleição passada, nem na de presidente.

A matemática da eleição em Toledo é bastante simples. Há dois grupos bem definidos e qualquer um dos lados que se dividir tem forte chance de ser derrotado nas urnas. No caso da direita, até pelo retrospecto na eleição presidencial, é inegável existir uma força eleitoral maior, até pelo próprio perfil da sociedade toledana e do Oeste do Paraná em geral. O conservadorismo e os valores defendidos por esse segmento são esmagadora maioria e isso é facilmente comprovado.

Entretanto, a união da direita é possível? A resposta é sim e não!

Sim porque, apesar das diferenças partidárias, ainda assim existem muitos laços ideológicos em comum e, quando existe vontade, um pouco de bom senso e muita humildade, é possível construir um conjunto de forças convergindo para um propósito comum maior.

Não porque dentro deste grupo existem vaidades, egos e desejos pessoais que se sobrepõem aos interesses coletivos de não abrir espaço para a esquerda governar, algo que, por exemplo, não acontece do outro lado, onde até existem diferenças, resolvidas internamente em busca de uma unidade de pensamento e de propósito.

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