Antes tarde…
Foram necessários casos extremos, de estupro e assassinato, para que a Prefeitura de Toledo se manifestasse em relação à escalada de pessoas em situação de rua pela cidade. Um problema que o JORNAL DO OESTE vem denunciando há tempos, sempre destacando que cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo, apenas para permanecer em três exemplos, também já tiveram 160 mil habitantes e passaram pelo mesmo processo de crescimento registrado em Toledo no momento. Hoje são 160 mil, mas daqui alguns anos, pelas previsões, este número poderá chegar facilmente ao dobro.
Embora para alguns a comparação possa soar absurda, exagerada, ainda assim é válida quando se observa uma quantidade cada dia maior de pessoas perambulando em busca de uma ‘ajudinha’. Há realmente quem precise de ajuda, entretanto, há uma maioria que está nas ruas em busca do ganho fácil que o crime aparentemente representa, assim como o uso de álcool e drogas. É uma situação triste e degradante, mas que representa uma parte do cotidiano de uma cidade que sempre se orgulhou de seu trabalho assistencialista e sem haver pessoas em situação de rua ou favelas.
Pois agora a Prefeitura de Toledo, por meio de um trabalho intersetorial, tem atuado junto a estes indivíduos. Diversas ações têm sido promovidas pela administração municipal para diminuir o problema das pessoas em situação de rua. Servidores municipais realizam abordagens e oferecem atendimentos em diversas áreas, como assistência social, saúde, entre outros serviços, como a Casa de Passagem, auxílio para a regularização de documentos, no contato com suas famílias de origem, além de ofertar vagas de emprego e qualificação por meio da Agência do Trabalhador.
A secretária de Assistência Social, Solange dos Santos Fidelis, reafirmou a importância de não dar dinheiro, comida, roupas e outros itens que favoreçam a permanência das pessoas em vias públicas. A reação é tardia, ainda mais quando prisões estão sendo feitas e crimes cometidos, porém, como diz o ditado…