Boatos e não fatos

Tornou-se comum neste mundo cada vez mais digitalizado se espalhar qualquer ‘besteira’ se se receba num grupo desses sem ‘eira nem beira’ do Whatsapp ou então que se tenha lido numa rede social, sabe-se lá de onde vem a fonte. O ‘fofoquismo’ acentuado pelo ódio ao jornalismo tem provocado estragos até mesmo entre pessoas que se consideram ‘líderes’. E isso em Toledo mesmo, como mostraram vários discursos nesta quarta-feira (15), acusando o deputado federal Dilceu Sperafico de ter votado um projeto que havia sido retirado de pauta na Câmara Federal.

O projeto em questão é o 8.889 de 2017, conhecido como “PL dos streamings”. O relator da proposta, deputado André Figueiredo (PDT-CE), pediu o adiamento durante a sessão por não haver acordo entre as bancadas. O deputado gravou um vídeo desmentindo a notícia. Sperafico deixou claro ser contra o projeto que visa a regulamentação das redes sociais, taxação do streaming.

O perigo das fake news reside na sua capacidade de manipular a percepção pública e influenciar decisões importantes. Em tempos de eleições, por exemplo, notícias falsas podem distorcer a opinião dos eleitores, afetando o resultado e comprometendo a integridade do processo democrático. Além disso, questões de saúde pública são especialmente vulneráveis à disseminação de informações falsas.

Um dos principais problemas das fake news é que elas muitas vezes são criadas com o intuito de gerar polarização e conflito. Ao explorar temas sensíveis e alimentar o medo e a desconfiança, os propagadores de fake news buscam dividir a sociedade e promover agendas específicas. Isso pode levar a um ambiente de hostilidade e desinformação, onde o diálogo construtivo e a busca pela verdade são prejudicados.

Combater as fake news requer um esforço conjunto de governos, empresas de tecnologia, organizações da sociedade civil e, principalmente, dos próprios indivíduos, os quais precisam estar cada vez mais atentos e checar com fontes confiáveis aquilo que se recebe como verdade absoluta.

A solução definitiva para o problema das fake news requer uma mudança cultural. Os indivíduos devem cultivar um senso crítico e uma postura cética em relação às informações que encontram online, ao invés de saírem por aí compartilhando impulsivamente qualquer boato que pareça confirmar suas crenças preexistentes. As pessoas deveriam buscar múltiplas fontes e verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, porém, ao invés disso preferem acreditar apenas naquilo que lhes convém.

A disseminação de fake news é um sintoma de uma sociedade digitalizada que ainda está aprendendo a lidar com os desafios da era da informação. É um lembrete da importância da responsabilidade individual e coletiva na busca pela verdade e na defesa da integridade da informação em nossa sociedade.

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