A frase a seguir é redundante para quem vai ao supermercado todos os dias: 2024 tem registrado a maior alta de preços! Ao menos é o que aponta a pesquisa realizada pela Unioeste sobre o valor da cesta básica em Toledo. De janeiro a junho deste ano o índice apresentou 7,25% de aumento, sendo que no período de 12 meses a variação é de 4,86%. Esta tem sido a maior alta dos últimos anos.
Para se ter uma ideia do impacto, o custo médio da cesta básica de alimentos individual em Toledo, em maio, era de R$ 610,02 e de R$ 1.830,05 para a família. Em junho os valores saltaram para R$ 652,08 e R$ 1.958,03, respectivamente. O percentual da cesta sobre o salário mínimo atual está em 149,91%, ou seja, ninguém que receba salário mínimo no país consegue passar o mês.
Há alguns vilões, como a carne (3,09% de alta), batata (17,91%), tomate (18,63%) e o leite (13,44%), apenas para citar alguns exemplos. Mas o maior vilão mesmo, ou melhor, vilã, é a política assistencialista de todos os governos no Brasil. Sim, afinal, através de uma política paternalista o cidadão mais carente acaba ficando cada vez mais dependente daquilo que o governo lhe oferece, sem perceber o quanto a cesta vai ficando mais cara.
Não adianta se iludir: não existe almoço de graça!
A manutenção de políticas públicas é essencial para auxiliar quem mais precisa. Esse é um ponto indiscutível, ainda mais num país com tantas necessidades. Entretanto, essa conta tem ficado cada ano mais cara porque os verdadeiros problemas não são atacados como deveriam ser e o custo de uma máquina inchada e ineficiente segue subindo na mesma proporção que a renda do trabalhador vai sendo consumida quando ele precisa consumir, pelo menos, o que comer.
As políticas públicas precisam ser repensadas como uma base para que o cidadão possa, depois de um tempo, caminhar por suas próprias pernas. Mas para isso acontecer será necessário, antes, reduzir a voracidade da administração pública. E essa é a parte mais difícil. Portanto, mantenha-se o pão e circo. Não necessariamente nessa mesma ordem.
