Chegou a hora!
Neste domingo (30), a partir das 8h (horário de Brasília), milhões de eleitores irão às urnas para escolher quem será o próximo presidente da República Federativa do Brasil pelos próximos 4 anos. Nunca na história da democracia nacional houve tamanha divisão. Dois lados completamente opostos se enfrentam e, tal qual uma decisão esportiva, as respectivas torcidas chegam animadas e com os ânimos exaltados. Os ‘craques’ dos dois times estão prontos para o embate final, o principal nesta disputa acalorada desde o início. Tudo que foi dito até agora ficará para trás, pois o que vale mesmo é o voto e o resultado final das urnas.
Até o fim da noite deste domingo será conhecido o nome do vencedor. Até o fim da noite será possível descobrir qual lado a sociedade pretende pender pelos próximos anos. São duas propostas completamente distintas entre si, com pensamentos opostos. Água e óleo que não se misturam e isso ficou muito claro durante o debate eleitoral. Embora em alguns momentos os discursos de ambos possa ter ficado, digamos, obscuro, ainda assim à luz da compreensão política é nítida a diferença.
Não se trata de aqui definir qual o melhor ou o pior, quem está certo ou errado. Não se trata de adivinhar o futuro, até porque numa eleição nem sempre se fala desse tempo. Prefere-se atacar o passado e isso ficou também muito claro nesta campanha eleitoral. Também é nítido que o cidadão brasileiro tem memória curta quando se trata de política. E isso ficou claro não apenas na disputa presidencial.
A eleição em si é apenas mais um capítulo no palco de uma guerra ideológica que vem sendo travada desde que outras mecanismos, além dos notoriamente envolvidos com a disputa política, começaram a se envolver de maneira mais direta no processo, provocando reações exacerbadas e até certo ponto naturais diante da ingerência que atingiu até mesmo a imprensa. A censura voltou sem a menor cerimônia, ferindo os mais essenciais princípios democráticos. Uma espécie de ditadura civil que tanto se combateu no passado. A hora chegou e o futuro da nação está apenas nas mãos de todos os eleitores brasileiros que, sim, precisam refletir para não jogar o país no atraso crônico que vem sistematicamente acontecendo nos países da América Latina.