O governo da Argentina criou mais duas modalidades de dólar: “dólar Coldplay” e o “dólar Qatar”. A medida vai afetar turistas e para consumo no exterior. A variante criada por causa da Copa do Mundo de 2022 custará 314 pesos. Já a criada por conta dos shows da banda britânica no país, poderá ser comprada por 204 pesos. As informações são do jornal La Nación. O objetivo da medida é evitar uma desvalorização ainda maior do peso argentino e preservar as reservas do Banco Central do país.
O câmbio é controlado na Argentina, porém, para se ter uma ideia da atual situação dos Hermanos, há 14 tipos de dólar em vigor. Poucos setores da Argentina conseguem ter acesso ao dólar oficial do país, como os que importam bens de capital e insumos para a indústria. E, por isso, alguns setores precisam pagar mais caro a partir do dólar blue, um tipo de câmbio clandestino e ilegal. O dólar oficial do país foi negociado a 151 pesos argentinos esta semana. A troca do dólar paralelo é uma prática comum no país e está cotado a 285 pesos argentinos.
É mais caro para evitar a saída de moedas da Argentina e, consequentemente, desvalorizar o peso argentino. A gestão do presidente Alberto Fernandez espera reduzir o valor de US$ 800 milhões que perde ao mês com o turismo emissivo, quando cidadãos argentinos se deslocam para países estrangeiros.
Segundo informações do governo ao La Nación, a nova medida afetará só os consumos mensais em cartões de crédito e débito por até US$ 300 gastos ao mês, pagamento de aplicativos ou serviços de streaming, conhecido como “dólar poupança”.
Mas esse aspecto em relação ao dólar é apenas um entre os muitos reflexos de uma política econômica desastrosa, fruto também de uma administração meramente ideológica e que tem levado o país vizinho à bancarrota. Outro exemplo desse buraco negro da sociedade argentina vem de um dos setores mais vitais para a economia brasileira: o agronegócio. A taxação excessiva, entre outros problemas, levou muitos produtores a sequer colher aquilo que já havia sido plantado em menor proporção.
Outro dado preocupante é que os argentinos já representam em 2022 a maior índice entre os estrangeiros que procuram migrar para a Espanha, superando os colombianos. São dados para serem analisados e chorar pelos Hermanos.
