Crescimento com qualidade
Ao completar 70 anos, Toledo exibe uma pujança que poucas cidades conquistaram ao atingir esse tempo de existência e, os mais recentes dados do Censo do IBGE corroboram para isso, afinal, poucas cidades no Brasil tiveram um crescimento tão grandioso quanto Toledo desde o último levantamento, lá em 2010. Nestes 12 anos, por exemplo, Cascavel cresceu em torno de 16%, contra quase 31% de Toledo. A diferença ainda é enorme, com a Serpente tendo em torno de 350 mil habitantes, contra 156 mil do Porco.
O importante nos dados prévios apresentados na quarta-feira (28) é perceber que as duas principais cidades da microrregião não apenas cresceram, mas conseguiram manter uma infraestrutura que oferece qualidade de vida aos seus habitantes. Tanto em uma quanto na outra há muita coisa semelhante: bairros bem planejados; estrutura de serviços públicos consolidada e ampla; oferta de emprego em quantidade suficiente; empresas sólidas; perspectiva de projetos futuros; ótima oferta de lazer, com parques e praças bem cuidadas; entre outros benefícios bastante conhecido por quem frequenta as duas metrópoles.
O grande desafio agora é justamente esse: manter a taxa de crescimento sem perder a qualidade que até agora tem sido um dos motivos para atrair tantas novas pessoas para o oeste paranaense. As perspectivas seguem sendo boas para os próximos anos, embora sejam necessárias pequenas correções. No caso de Toledo, por exemplo, é urgente uma mudança de pensamento em relação ao trânsito – caótico em determinados horários e pontos bastante conhecidos por quem desafia as ruas e avenidas todos os dias. Esse processo em Cascavel está mais adiantado, talvez até pelo próprio tamanho da cidade e a necessidade dos novos empreendimentos.
No caso de Toledo, outro grande desafio é retomar a representatividade política no âmbito regional e estadual, algo que com o retorno de Dilceu Sperafico à Câmara Federal poderá ser mais ou menos facilitado. Mas o que a política tem a ver com crescimento demográfico? Tudo, afinal, são as políticas públicas assertivas a base para a chegada de novos investimentos privados, uma fórmula que ao longo de sua história Toledo soube fazer com maestria e, nos últimos anos, tem perdido o fôlego sem ter representantes fora de seu território à altura de sua história ou necessidade.