Criadouros = dengue
Basta uma picada do mosquito Aedes aegypti – contaminado – para adoecer. Um inseto tão pequeno – quanto a conscientização de parte da população – pode transmitir dengue, Zika ou Chikungunya. Em pleno início de primavera, Toledo já registra quatro casos positivos de dengue.
O atual ano epidemiológico iniciou no dia 1º de agosto. São apenas quatro casos – divulgados até o dia 4 – parece pouco, mas ao compara com anos anteriores, neste mesmo período, o município não tinha nenhum.
Os casos já deixou as autoridades sanitárias em situação de alerta, afinal é preciso evitar um surtou uma ou epidemia de dengue. Entretanto, mesmo com todos os esforços, campanhas, mobilizações para coleta de lixo e entulhos, os órgãos públicos não têm o poder para evitar o pior se a população não colaborar, não fizer a sua parte.
Dos quatro casos confirmados, dois foram registrados em agosto (Vila Nova e Bressan) e dois em setembro (São Francisco e Boa Esperança). O mosquito não escolhe região, classe social, idade. Podendo entrar nas casas, nos ambientes de trabalho, os locais com mais criadouros potencializam as chances de proliferação e contágio da doença. A dengue é uma doença febril e que tem gerado impacto na saúde pública nos últimos anos.
Se o mosquito ficasse em seu local de origem, ou seja, se ele soubesse que não poderia ultrapassar o lote onde nasceu, talvez as pessoas agissem de outra forma. O ponto é que o mosquito voa e voa longe, atravessa os lotes e acaba picando o vizinho, justamente aquele que é comprometido, que não deixa lixo espalhado, que cuida para não gerar criadouro.
O mosquito também não escolhe, raça, gênero ou classe social. O público idoso, especialmente, as pessoas que possuem doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar a morte.
Tirar dez minutinhos, uma vez na semana, para dar aquela geral no lote, limpar, tirar tudo o que pode ser tornar criadouros, já deveria fazer parte da rotina e não exigir insistentes campanhas de conscientização. São dez minutos pela saúde, pela cuidado, pela vida.
Dengue não é nenhuma novidade. Os cuidados não mudaram. As orientações de prevenção do mosquito Aedes aegypti também não mudaram. E o comprometimento de parte de população continua igual: falta conscientização.