Do silêncio aos sinais
Um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva – junto a Semana da Acessibilidade Surda – apontou que o país possui 10,7 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – celebrado na data de 3 de dezembro – abre parênteses para uma série de discussões e necessidade de inclusão.
É uma data no calendário com o objetivo de evidenciar as batalhas dessas pessoas, bem como de seus familiares. A ideia é promover a reflexão por mais políticas públicas voltadas as inclusão social, além de fomentar a conscientização da sociedade para ter mais empatia.
Tais tipo de deficiência são classificas de acordo com a incapacidade de detectar determinada quantidade de decibéis É considerada surda a pessoa que apresenta perda profunda ou completa de audição. As pessoas surdas enfrentam diversos obstáculos diários, sofrem preconceito e ainda precisam lutar por mais inclusão social.
A primeira língua da pessoa surda é a Língua Brasileira de Sinais (Libras) – passando a ser o principal meio de comunicação. Com ela a criança consegue adquirir conhecimento para depois ter acesso à segunda língua que é o português, na modalidade escrita. A falta do contato com a Língua pode desencadear graves consequências para a criança no que se refere ao seu desenvolvimento intelectual e social.
A Libras não é uma língua de gestos representando a língua portuguesa, mas sim uma autêntica língua do Brasil. Ela possui corretamente os níveis linguísticos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos, além de ser uma modalidade visual-espacial – movimentos específicos realizados com as mãos e combinados com expressões corporais e faciais.
Apesar de o país ter essa Língua de Sinais que permite a comunicação e a inserção da pessoa surda, a falta de inclusão social e o preconceito ainda existem. A maioria dos o ouvintes não tem conhecimento sobre a Libras e, infelizmente, nem todos os surdos tem acesso a esse aprendizado no país.
Fato é que a surdez no Brasil ainda é um desafio. Existe a necessidade de preparar a população para se tornar uma sociedade bilíngue, que se torne cada vez mais comum o ato da comunicação através da Língua Portuguesa e Libras. Sem dúvida, o caminho ainda é longo para que a inclusão seja cada vez mais efetiva.