É crime!
Um tema polêmico é a briga de galo, também conhecida como rinha de galo. Estudos e a própria história mostram que as brigas de galos já eram comuns entre os gregos e os romanos, em 5.000 a.C. Naquela época, havia códigos para regulamentar a prática. No Brasil, a disputa foi trazida por espanhóis e portugueses, ainda na época da colonização.
A atividade está proibida no país há mais de oito décadas, com a publicação do Decreto Federal 24.645/1934, que proíbe “realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes, touradas e simulacro de touradas, ainda mesmo em lugar privado”.
Manter rinha de galo é proibida no País pela Lei 9.605/1998, conhecida como Lei dos Crimes Ambientais. No Artigo 32, a legislação aborda a prática de “ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”.
Neste caso, a pena, detenção, de três meses a um ano. A pena para quem for condenado vai de dois a cinco anos de prisão, além do pagamento de multa e inclusão do nome no registro de antecedente criminal. A pena será aumentada em caso de morte do animal.
No entanto, essa é uma história que não encerra com o cumprimento da legislação, porque ela tem continuidade. Ela continua na clandestinidade e, principalmente, na persistência de galistas pela constituição de grupos.
Em Toledo, as equipes da 20ª Subdivisão Policial de Toledo (SDP) prenderam, na última quarta-feira (8), um homem suspeito de manter rinha de galos e aves em maus tratos.
De acordo com informações policiais, as equipes receberam denúncias que em uma residência localizada no bairro Santa Clara IV algumas aves eram mantidas em situações de maus tratos. Além disso, os galos eram utilizados em “rinhas”.
Na ocorrência, os policiais encontraram aproximadamente 80 aves. Deste total, 70 eram galos destinados a participação em “rinhas”. Informações dos policiais ainda apontam que “no local foi encontrado uma espécie de espaço destinado ao ‘treinamento’ das aves para participação nas brigas clandestinas, além de medicações comumente utilizadas no tratamento de tais aves e adornos utilizados para a preparação das aves para as lutas”. Na ação, um homem de 44 anos de idade, morador da residência e responsável pelas aves, foi autuado em flagrante pelo delito de maus tratos a animais.
As rinhas de galo acontecem como forma de “esporte” aos donos de animais e apostadores. Infelizmente, esse ato movimenta um mercado clandestino que não leva em conta a saúde e, tampouco, aos direitos dos animais. Os galos podem sofrer diversos tipos de violência, como ferimentos e mutilações. As aves também passam por mudanças estéticas, por exemplo, suas penas são retiradas. Alguns donos das aves realizam o uso de medicamentos na rinhas. Isso é algo comum, porque os remédios garantem que os galos apresentem comportamento agressivo.
As brigas de galos são cruéis! As brigas de galos são ilegais! As brigas de galos devem ser repudiadas pela população! Os maus tratos com os animais merecem a indignação da sociedade. Qualquer crueldade contra os animais deve ser denunciada e o responsável punido. Os animais merecem respeito, o nosso carinho e serem bem tratados.