Eleições decisivas
Nesta quarta-feira (1º), após a posse dos novos deputados federais e senadores, haverá a eleição para a nova mesa diretivas das duas Casas. E serão eleições decisivas para se saber quais os rumos do país daqui por diante. Se na Câmara tudo parece caminhar para uma eleição tranquila de Arthur Lira, no Senado a disputa se acirra cada dia mais entre Rodrigo Pacheco – o queridinho do Governo Lula – ou Rogério Marinho – o preferido da oposição.
E por que tanta pressão sobre essa escolha?
Porque dependendo o resultado de ambas as eleições será, para o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais ou menos cômodo começar a implantar sua forma de pensar e agir. O primeiro ano de qualquer gestão pública no Brasil é, de certa forma, engessada, arrastada porque se pega a programação do governo anterior. Quando há uma ruptura tão grande como a vista em 2022 então…
Por isso há forte expectativa sobre os ombros do Congresso Nacional. Caso o governo consiga emplacar uma vitória arrebatadora nas duas Casas, certamente o poder de barganha da Presidência será muito mais interessante e fortalecido, não sendo necessário ficar refém de parlamentares cuja posição nem sempre é muito clara. O maior foco de resistência parece vir mesmo do Senado, onde o equilíbrio de forças entre apoiadores do presidente e de seu antecessor parece ser maior. Até mesmo em função do tamanho do Senado – com 81 cadeiras – isso acontece, já que na Câmara são 513 integrantes e com realidades – e vontades – muito distintas entre si.
E o mundo político acompanha de perto essas duas eleições porque certamente elas terão reflexos nos próximos movimentos. Não apenas em relação ao Governo Federal, mas como na própria estrutura partidária e suas consequências nas eleições municipais, haja vista muitos partido estarem desde o ano passado ensaiando fusões ou a formação de novas federações que obrigatoriamente precisarão se repetir por pelo menos duas eleições. Há que se ressaltar ainda o apoio de prefeitos e vereadores diante do cenário formado em Brasília e nas decisões que serão tomadas após a escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado. Eleições decisivas e emocionantes ao mesmo tempo, como sempre é o jogo político no país tropical.