Em luto

A primeira morte por coronavírus em Toledo foi registrada no domingo e, embora algumas pessoas tentem não dar a devida importância ao fato, haja vista o homem de 63 anos ter outros problemas de saúde, ainda assim é algo muito grave e que precisa ser entendido pela população em geral como sinal de alerta para o avanço da Covid-19 no interior. Na área de abrangência da 20ª Regional de Saúde em pelo menos seis municípios houve registros do novo coronavírus e, no mesmo domingo, a taxa de ocupação dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Moacir Micheletto, em Assis Chateaubriand, chegava a 90%.

Se a situação no Hospital Bom Jesus ainda é relativamente tranquila, ainda assim se a taxa de infecção seguir no atual ritmo, em uma semana no máximo será, aí sim, alarmante. Não há, neste momento, que fechar os olhos ou querer aliviar em relação à morte do fim de semana. Uma fatalidade e aqui fica o registro de toda solidariedade à família e amigos neste momento de dor, uma dor inexplicável para quem perde um ente querido, uma dor que deveria servir de exemplo para os demais intensificarem os cuidados em relação a uma doença silenciosa e fatal, mesmo quando detectada a tempo.

Ao invés das festas frequentes, ao invés da teimosia em não usar máscara ou simplesmente manter uma distância mínima de outras pessoas, o toledano em geral deveria se preocupar mais com sua própria saúde e com a do próximo, haja vista que em pouco menos de uma semana os casos em Toledo aumentaram significativamente e tendem a se intensificar nesta que está apenas começando diante de uma análise simples nas declarações dadas por quem acompanha de perto esta pandemia desde o início.

Cobra-se por parte da Prefeitura de Toledo ações mais duras em relação à doença, entretanto, quando se decidiu fechar o comércio por duas semanas houve críticas também em relação a isso. Existe uma lei estadual obrigando o uso de máscaras no Paraná desde março e até hoje há quem a desrespeite. Estão proibidas por decreto a aglomeração de pessoas, e ainda assim há quem promova festas e churrascos em sua residência sem o menor constrangimento. Portanto, a culpa não está no poder público, que tem cumprido seu papel com extrema responsabilidade. A maior culpa reside na falta de educação do povo em geral que malo consegue cumprir uma regra tão simples como as impostas no momento e ainda se acha no direito de reclamar e exigir postura dos agentes públicos.

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