Como publicou o JORNAL DO OESTE, pelo terceiro mês seguido, o custo da cesta básica diminui em Toledo, após dois meses de aumento. Os dados mostram que entre janeiro e fevereiro deste ano houve redução de -1,58% no custo da cesta básica, conforme aponta o Núcleo de Desenvolvimento Regional, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, por meio da pesquisa da cesta básica de alimentos de Toledo para o mês de fevereiro deste ano. O estudo também faz parte de um convênio com a Prefeitura de Toledo.
Estaria se chegando a um equilíbrio sob a ótica financeira ou seria apenas um momento passageiro?
Cedo ainda para responder diante de tantas incertezas que rondam o brasileiro neste início de ano e de novo governo no âmbito federal. Cedo porque somente a partir deste mês é que o impacto do aumento dos combustíveis, com a gradativa retirada do incentivo fiscal, será sentido no bolso e no cotidiano dos brasileiros, isso porque deverá haver um aumento escalonado em praticamente todos os setores pela alta no preço dos fretes, o que já aconteceu no passado, num efeito cascata preocupante.
Cedo também porque no ano passado, de acordo com o mesmo levantamento, março registrou pequena queda e em abril os preços voltaram a subir. E com mais força!
Cedo ou tarde um fato não muda: o poder de compra do trabalhador segue sendo muito baixo. De acordo com o levantamento da Unioeste, um trabalhador precisa de aproximadamente a metade do salário mínimo para comprar a cesta básica individual em Toledo. E sobre o valor do salário-mínimo necessário para adquirir a cesta básica e suprir as despesas domiciliares mensais com habitação, vestuário, transporte, entre outros, é importante destacar que, em Toledo, este valor precisaria ser de R$ 5.099,15 em janeiro de 2023 e R$ 5.018,77 em fevereiro de 2023. Muito distante dos R$ 1.380,60 pagos atualmente, um salário que em nada contribui para mudar o cenário de dependência extrema do ‘pires’ dos governos de uma esmagadora maioria que segue sendo levada como desejam.
