Fiscalização constante
Na edição desta sexta-feira (10), o JORNAL DO OESTE traz um levantamento feito pelo Procon de Toledo sobre o preço dos combustíveis. A pesquisa, que vem sendo realizada semanalmente desde janeiro, abrange os 44 postos de combustíveis registrados no município e são um ótimo indicativo para o consumidor, afinal, é possível saber se os preços praticados no município estão ou não dentro do aceitável quando comparados com outros lugares. Neste aspecto as coisas parecem ter se equilibrado.
Se em anos passados o valor do litro do combustível em Toledo era um dos mais caros do Paraná, hoje isso já não acontece. Até mesmo comparando com Cascavel, Toledo tem preços médios melhores. Parte dessa mudança atende pelo nome de concorrência. Como já apontado, são 44 postos cadastrados, o que dá bem a dimensão do tamanho do mercado que, nos últimos anos, viu surgir não apenas novos postos, mas novos grupos no setor.
Evidente que o comércio local não é uma ilha e, com o fim do subsídio do ICMS sobre os combustíveis, a tendência é de uma elevação considerável nos preços tão logo a medida termine. Ao menos a pesquisa do Procon tem demonstrado haver uma oscilação natural, para cima ou para baixo, de acordo com as decisões da Petrobras. Quando há anúncio de queda nos índices, os preços nas bombas seguem na mesma direção. E vice-versa. Também é importante frisar a diferença de preços bastante considerável entre os postos, o que demonstra haver uma concorrência entre os estabelecimentos e as próprias companhias.
Algo bem diferente de anos atrás, quando surgiram fortes indícios de cartelização do setor, com ameaças a quem ousasse praticar preço menor que a ‘concorrência’. Embora nada tenha sido provado, fato é que em Toledo abastecer até alguns anos era indiferente do posto escolhido pela proximidade dos preços, incluindo até mesmo aquelas vírgulas que servem pouco para o consumidor final.
Mas é preciso destacar que essa variação e a oscilação de preços só tem sido possível pela fiscalização constante, seja do Procon, seja da imprensa, mas principalmente do próprio consumidor, hoje bem mais consciente de seu papel junto à sociedade.