Inclusão social

Através dos gestos as palavras tomam forma e rompem a barreira do silêncio. A primeira língua da pessoa surda é a Língua Brasileira de Sinais (Libras) – sendo o principal meio de comunicação. Com ela a criança passa a adquirir conhecimento para depois ter acesso à segunda língua que é o português, na modalidade escrita.

A falta dessa ‘língua materna’ pode desencadear graves consequências para a criança no que se refere ao seu desenvolvimento intelectual e social.  Mesmo com as limitações, eles conseguem e precisam se comunicar, estudar, trabalhar e ter qualidade de vida. As pessoas surdas enfrentam diversos obstáculos diários, sofrem preconceito e ainda precisam lutar por mais inclusão social.

Nesta semana, Toledo avançou no quesito de inclusão social, de oportunidade, de atenção com o outro, foi implantada a primeira etapa da Central de Libras. A iniciativa consiste em facilitar a comunicação entre o servidor e o usuário surdo ou com algum problema auditivo através de uma ferramenta tecnológica. A plataforma permite a interpretação e intermediação do português para a Libras e de Libras para o português.

Nessa primeira etapa, a Central de Libras passa a funcionar no Paço Municipal, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Pronto Atendimento Municipal Doutor Jorge Milton Nunes (PAM/Mini-hospital). A projeção é que no período de seis meses a plataforma esteja acessível em todos os serviços públicos do município.

A Língua de Sinais não é universal, pois cada país possui a sua própria língua, dessa forma a Libras não é uma língua de gestos representando a língua portuguesa, mas sim uma autêntica língua do Brasil. Ela possui corretamente os níveis linguísticos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos, além de ser uma modalidade visual-espacial – movimentos específicos realizados com as mãos e combinados com expressões corporais e faciais.

Mesmo o país tendo a própria Língua de Sinais – essa importante ferramenta de comunicação e inserção da pessoa surda – ainda existem muitas situações de preconceito e a falta de inclusão social. A maioria dos o ouvintes não conhece Libras e, infelizmente, nem todos os surdos tem acesso a esse aprendizado no país. A Central de Libras é o começo, é o início do caminho.

Existe a necessidade de preparar a população para se tornar uma sociedade bilíngue, ou seja, que sabia se comunicar através da Língua Portuguesa e Libras. Um passo foi dado, mas o caminho ainda é longo e quanto mais a sociedade tiver empatia mais permitirá a inclusão.

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