O Hospital Regional de Toledo (HRT), inaugurado no ano passado, tem sido usado como bandeira política da atual gestão do prefeito Beto Lunitti que, nesta terça-feira (16), comemorou a assinatura do contrato com o Governo do Estado para o repasse de aproximadamente R$ 909 mil por mês para o pagamento de serviços prestados pela unidade, hoje gerenciada pelo Instituto IDEAS, vencedor do processo de licitação.
No entanto, desde sua criação, o HRT tem sido alvo de controvérsias em torno do repasse de verbas para seu funcionamento. A principal crítica gira em torno da insuficiência de recursos, que compromete a qualidade do atendimento e coloca em risco a viabilidade da unidade.
Outro problema apontado é a falta de recursos humanos. O número de profissionais, especialmente médicos e enfermeiros, estaria sendo insuficiente para atender à demanda, o que gera longas filas de espera, sobrecarga de trabalho para os profissionais e, consequentemente, compromete a qualidade do atendimento. Mas esse é outro ponto.
O que estranha é o fato de uma licitação ter sido elaborada em cima de um projeto e, após a indicação de quem venceria, haver tantas mudanças, com aprovação do repasse de verbas junto à Câmara Municipal e agora junto ao Governo do Estado.
A situação do Regional é apenas mais um triste exemplo da fragilidade do sistema de saúde pública brasileiro, que enfrenta desafios como a falta de recursos, má gestão e ineficiência. É necessário um debate amplo e transparente sobre o futuro do hospital, que leve em consideração a necessidade de garantir atendimento de qualidade à população, de forma sustentável e com responsabilidade fiscal.
A tal auditoria prometida pelos vereadores até agora não passou disso: uma promessa! Até haver uma auditoria para referendar – ou não – os valores repassados, sempre irá pairar no ar a dúvida se aquilo que está sendo repassado é realmente o que corresponde a realidade. Mas, como quase tudo que cerca esta unidade, este é mais um caso que somente o tempo poderá responder.
