Nesta quinta-feira, a sociedade de Toledo deu mais uma demonstração do quão diferente pode ser quando existe a união de esforços em torno de um bem comum. Deu mais um exemplo de que, quando existe a coesão de pensamento entre poder público, iniciativa privada, imprensa, clubes de serviço e o setor produtivo, qualquer projeto pode ser tornar realidade. Por mais difícil ou impossível que possa parecer. A entrega da nova sala de costura – e de outras atividades – na Embaixada Solidária é a concretização de um projeto feito por mãos unidas pelo bem-estar do próximo e da tentativa de resgatar a dignidade humana através da qualificação e não apenas através das bolsas ou auxílios temporários e ilusórios.
No melhor estilo ensinar a pescar e não apenas dar o peixe, essa nova sala pretende capacitar pessoas para o mercado de trabalho, imigrantes em sua maioria atendidos pela Embaixada Solidária, e, através desse projeto, oportunizar a esses cidadãos a chance de ter uma vida digna construída através do esforço próprio. Infelizmente, num país como o Brasil, ideias como essa são exceções e não uma regra, afinal, nem sempre os anseios ou desejos do poder público, da iniciativa privada e do chamado terceiro setor convergem para a mesma direção.
Mas em Toledo isso tem sido possível com frequência há décadas, talvez fruto da própria construção da cidade, erguida através do esforço conjunto de etnias acostumadas e desbravar novos territórios e seguir adiante, mesmo quando adversidades aparecem no meio do caminho. Em Toledo, quando os chamados canais oficiais não resolvem, a sociedade se une, se esforça e resolve. Não fica sentada apenas observando ou reclamando.
As várias mãos unidas neste projeto simples, mas de uma importância extrema para tantas pessoas em situação de fraqueza pelos problemas que enfrentam longe de sua terra natal, serão lembradas para sempre. Não por seus nomes, mas pelos feitos que proporcionam através das entidades que representam, entidades dispostas a fazer o diferente em benefício da sociedade.
