Não é hora de relaxar
Após alguns dias de números positivos na proporção entre novos casos e recuperados do Covid-19 em Toledo, a semana começou dando um ‘susto’ em quem sonha com a volta ao normal, embora seja tempo de um ‘novo normal’, ao menos até ser encontrada uma vacina capaz de frear o avanço desta doença terrível que modificou o cenário no mundo inteiro, como nunca talvez tenha sido visto na história.
No dia seguinte, a Prefeitura de Toledo publicou um decreto flexibilizando o retorno dos treinamentos e atividades esportivas das equipes de competições e não de quem gosta de jogar uma ‘pelada’ no fim de semana ou de reunir os times das empresas. Errou a prefeitura ao publicar o documento num momento onde ainda é preciso manter o alerta ligado, justamente num setor onde envolve um grande número de praticantes, no caso o futebol descontraído das centenas de campos espalhados pela cidade.
Não é hora de relaxar, ainda mais porque o número de pacientes infectados, embora tenha havido uma redução considerável na última semana, ainda é alto. São aproximadamente 400 pessoas contaminadas, isso sem mencionar os mais de 200 testes que aguardam o resultado do Laboratório Central (Lacen). Não se trata de pessimismo exagerado, especialmente se analisando os dados vindos de outros países que já enfrentaram o momento mais terrível da pandemia e hoje se preocupam com uma segunda onda, tão ou mais letal que a primeira, justamente pela falta de comprometimento da sociedade no momento em que deveria haver maior sintonia entre prevenção e conscientização.
A população de Toledo precisa colaborar, pois, embora tenha havido queda nos números, estes ainda não são assim tão animadores a ponto de viver a vida como se estivesse tudo bem. Nunca é demais lembrar que a taxa de transmissão do Covid-19 é uma das mais altas entre doenças respiratórias e cada dia precisa ser encarado de forma única. Relaxar somente após todos os pacientes estiverem recuperados e não houver mais nenhum caso sob suspeita. Aí sim será momento de deixar o passado para trás e se acostumar com uma vida completamente nova.