Nossa homenagem ao rádio
Nesta terça-feira (13) é comemorado o Dia Mundial do Rádio e queremos prestar uma justa homenagem a um dos mais essenciais canais de comunicação e consumo de conteúdo de massa no Brasil. Um veículo de comunicação que, quando surgiu a televisão na década de 50 e, em seguida a internet décadas mais tarde, estava fadado a desaparecer.
Mas não desapareceu! Assim como o próprio jornal impresso, o rádio foi a cada novo desafio, a cada novo ‘concorrente’ que surgiu, o rádio foi se reinventando, foi se remodelando de acordo com a sociedade. Mesmo assim manteve a sua essência e isso tem o mantido ainda em alta perante o público.
Segundo a YouGov, multinacional de pesquisa on-line, mais de três quartos da população do país afirma ouvir rádio por pelo menos alguns minutos em uma semana regular. Isso significa que o meio se torna mais popular do que videogames (móveis ou console/PC), revistas digitais e físicas e jornais impressos. Os dados são da ferramenta YouGov Profiles.
Surpreendentemente, o rádio analógico ainda tem popularidade comparável, e às vezes até maior, do que seus equivalentes digitais. Ainda segundo a Profiles, 80,7% dos consumidores no Brasil dizem que passam pelo menos alguns minutos ouvindo música em plataformas de streaming. A porcentagem é apenas um pouco maior do que os 77,3% que ouvem rádio com a mesma regularidade.
O rádio tende a ser mais popular entre os consumidores do sexo masculino. Até aí nada tudo dentro do normal por razões culturais. Mas curiosamente, o rádio tem tido uma grande penetração entre os jovens de 18 a 24 anos. Esses nichos são estatisticamente mais propensos a passar mais de três horas por dia ouvindo rádio.
Os números do Profiles também confirmam que o rádio não viu a migração para canais digitais que foi observada em outras mídias de massa que agora são consumidas principalmente pela Internet, como conteúdo escrito ou TV.
E assim é o nosso rádio, um veículo que sobrevive ao tempo, que se reinventa. Agora o desafio são as emissoras AM’s que está migrando para FM’s e a proliferação das grandes redes de emissoras que de certa forma estão padronizando uma programação e reduzindo o espaço local e regional. Mas assim é o rádio, um veículo que seguirá despertando nas pessoas a imaginação de voar apenas ouvindo as palavras.