Nota mil
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Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) sempre geram um grande burburinho na sociedade brasileira, especialmente quando se trata da redação, que é uma das partes mais desafiadoras do exame. A conquista da nota mil na redação é um feito que merece destaque, mas também levanta questões importantes sobre o sistema educacional e a avaliação do conhecimento dos estudantes.
A redação do ENEM é uma oportunidade para os alunos expressarem suas opiniões e argumentos sobre temas relevantes da sociedade. A nota mil, portanto, não é apenas um reflexo da habilidade de escrita, mas também da capacidade de análise crítica e da compreensão de questões complexas. Aqueles que alcançam essa nota máxima demonstram um domínio excepcional da língua portuguesa e uma habilidade de articular ideias de forma clara e coerente. Isso é, sem dúvida, digno de celebração e reconhecimento.
Neste ano tivemos mais de 3,18 milhões de alunos que fizeram a prova e apenas 12 deles tiraram a nota mil, sendo esta a nota máxima e 32 mil tiraram mais que 950, nota também considerada excelente. Isso reflete nitidamente que temos um grave problema na educação. Ok, sabemos que a nota do Enem não é baseada apenas na redação, que tem pessoas com excelentes resultados em exatas. Porém, tendo em vista o baixíssimo índice de alunos com nota máxima, se as autoridades da educação não ligaram o sinal de alerta e nada novo no processo pedagógico dos alunos acontecer, o que teremos de resultado nos próximos anos? Quem serão esses alunos no nosso país futuro? Cabe sim uma grande reflexão no resultado. E se acharem que não cabe e tiverem um monte de desculpas, estamos ainda mais perdidos, pois nosso futuro realmente estará nas mãos de quem. Um país rico largado na pobreza da ignorância do aprender a aprender, aprender a ler, aprender a interpretar, aprender tirar próprias conclusões. Bom, talvez seja isso que alguns lá de cima queiram mesmo.
Um sonho é imaginar que a verdadeira vitória está em criar um ambiente educacional que permita a todos os estudantes brilhar, independentemente de suas circunstâncias, classes sociais ou cor da pele.