Números positivos. Mas…

Durante a prestação de contas da Prefeitura de Toledo relativa ao último quadrimestre de 2023, o prefeito Beto Lunitti confirmou o superávit acumulado de R$ 205 milhões, fruto de empréstimos e recursos repassados na reta final do ano passado e que elevaram substancialmente o caixa da prefeitura. O superávit do último quadrimestre ficou em R$ 65.577 milhões. Pelos dados apresentados o limite prudencial da folha de pagamento está controlado – até pelo aumento na arrecadação – assim como os investimentos em saúde e educação, acima do preconizado em lei. A dívida geral do município giram em torno de R$ 96 milhões o que, para uma cidade do tamanho de Toledo, é bastante tranquila. Enfim, números positivos e que deveriam deixar todos serenos.

Mas, no semblante de alguns integrantes do atual governo municipal, pairava uma sombra de preocupação quando se entrou na questão dos precatórios, cujo valor vem subindo de maneira considerável nos últimos anos. Em especial de 2023 para 2024.

O secretário da Fazenda Jadyr Donin apresentou que no ano passado foram pagos R$ 7.693.099,23 em precatórios. Para este ano o valor previsto era de R$ 26.836.173,00. Este valor foi pago integralmente no dia 2 de fevereiro. De um ano para outro houve um acréscimo de quase R$ 20 milhões de recursos próprios da Prefeitura de Toledo, isso em função do aumento das demandas judiciais. Até 2029 o valor estimado é de R$ 161.017.038,00, ou seja, seguindo esta proporção, os precatórios irão consumir boa parte dos recursos livres previstos no orçamento do município nos próximos cinco anos.

E por que o valor tem aumentado? Pelo aumento na demanda judicial contra a Prefeitura de Toledo, algo que chama atenção porque em todas as prestações de contas, em várias entrevistas, em tudo que é canto o discurso é o mesmo: a administração é equilibrada, os investimentos feitos sempre acima do previsto em lei, que os servidores estão felizes e o mundo é cor de rosa.

Na prática não é o que se tem visto. Pode ser apenas uma onda temporária, mas de qualquer forma é algo para se manter firme no radar e se pensar numa gestão de recursos humanos mais profissionalizada, a fim de tentar reduzir problemas que, como os números mostram, começam a ficar caros demais para a cidade inteira e não apenas para quem a gerencia temporariamente.

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