O acolhimento

O crescente número de imigrantes e refugiados afegãos no Brasil e no Oeste do Paraná foi o tema de encontro realizado na última sexta-feira (5) na Prefeitura de Toledo. Na ocasião, integrantes dos poderes Executivo e Legislativo municipal receberam representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e da Organização da Sociedade Civil (OSC) Panahgah, sediada em Jundiaí (SP) e criada em setembro de 2021 com a finalidade de dar amparo a quem veio recomeçar a vida em nosso país após a tomada do poder no Afeganistão pelo grupo fundamentalista islâmico talibã.

Segundo informações dos representantes locais da Panahgah, há em Toledo três famílias afegãs à OSC. Somadas, elas reúnem dez pessoas, das quais três são crianças. A Panahgah oferece suporte aos afegãos que se refugiam no Brasil, o que inclui ajuda financeira mensal de R$ 1.200 por pessoa durante um ano.

Elas se somam a milhares de pessoas de outras nacionalidades que escolheram a região de Toledo para recomeçar. Vieram em busca não apenas de um trabalho, mas de dignidade e uma oportunidade de ter uma vida nova. Neste sentido há anos a Embaixada Solidária presta atendimento a imigrantes que encontram na cidade uma rede bem constituída no sentido de prestar o apoio necessário neste momento em que muitas famílias chegam sem ter absolutamente nada.

O acolhimento é fundamental, entretanto, para isso algumas questões culturais precisam ser respeitadas. Tanto de um lado quanto de outro. A legislação brasileira e o cuidado com as pessoas em não tolera violações de direitos. Assim como também não se deve tolerar a necessidade de se aceitar tudo que vem de outros países como sendo algo natural, quando na verdade não é.

Em algumas culturas, por exemplo, a poligamia é aceita, enquanto no Brasil ainda se constitui em crime. Em alguns países o papel da mulher é irrelevante dentro da sociedade, sendo a agressão algo ‘aceitável’ em determinadas situações, enquanto no Brasil – embora ainda seja machista – tem havido um movimento sólido na direção da defesa do direito das mulheres. Acolher é importante e necessário, assim como também ser acolhido respeitando as diferenças culturais que formam o Brasil.

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