O corpo é uma máquina

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Na edição de quarta-feira (3), o JORNAL DO OESTE destacou como a questão do sedentarismo vem se configurando como um problema de saúde pública de proporções alarmantes. A falta de atividade física regular acarreta diversos malefícios à saúde, elevando o risco de doenças crônicas como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.

O alerta é importante porque o sedentarismo está sendo apontado por alguns especialistas como uma das principais doenças do futuro. Aliás, com tamanhas facilidades fica difícil realmente não concordar com essa teoria. Hoje é muito simples tornar-se sedentário. Praticamente não existe mais dificuldade para absolutamente nada.

Mas os efeitos do sedentarismo não se limitam ao indivíduo. Este é um problema social grave, que traz custos até mesmo para o sistema público de saúde, haja vista as doenças paralelas que chegam com a falta de atividade física. Estudos comprovam que a inatividade física é responsável por um número significativo de mortes prematuras e internações, sobrecarregando os sistemas de saúde e exigindo recursos que poderiam ser destinados a outras áreas.

Quando se fala no aspecto econômico é porque a falta de atividade física frequente atinge geralmente as pessoas em idade produtiva. E como sofrem as empresas com colaboradores afastados por problemas de saúde advindos do sedentarismo.

Por isso o combate ao sedentarismo precisa se transformar numa ação conjunta e planejada pelo poder público em parceria com a iniciativa privada. Há, claro, boas iniciativas, como o Dia do Desafio promovido pelo Sistema Fecomércio, uma forma de alerta para a necessidade da atividade física de pelo menos 30 minutos por dia. Mas é preciso mais políticas públicas que incentivem a prática de atividade física, como a criação de espaços públicos para exercícios e a promoção de programas educativos, são essenciais para mudar esse cenário. Em Toledo, ao menos, há um alento, afinal, a cidade possui parques e praças, academias ao ar livre e várias opções de lazer em clubes e academias espalhadas por todos os cantos. Mas só isso não basta, pois o primeiro combate ao sedentarismo passa pela decisão individual de deixar a zona de conforto e suar a camisa. Literalmente.

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