O futuro é cooperar
No Brasil quando se fala em cooperativismo ainda há muito ceticismo, embora as experiências de sucesso estejam se espalhando por várias partes do país nos mais diferentes ramos de atuação. No Paraná o sistema é mais ativo e um dos mais bem organizados de todo o país, mas ainda assim com muito campo para crescimento. Se no agronegócio as cooperativas paranaenses dão aula, em outros campos é preciso aumentar o passo para recuperar terreno. Um destes terrenos é o cooperativismo de crédito.
Na Alemanha, por exemplo, cerca de 22% de todo dinheiro movimentado no país é através de cooperativas de crédito, enquanto no Brasil este índice é em torno de apenas 5%. Mas, aos poucos, esse índice vem subindo, graças às boas experiências que estão ganhando um público antes acostumado com a relação dos grandes bancos, os quais também gradativamente estão mudando alguns procedimentos para atender essa nova demanda.
Em Toledo, passado o ‘luto’ pela perda da Coopagro, o cooperativismo vem demonstrando muita força nas mais diferentes áreas. Unimed, Uniprime, Unicred, Sicoob, Sicredi, Cresol e Primato empregam milhares de colaboradores, reúnem outros milhares de cooperados e contribuem com a sociedade não apenas no aspecto financeiro, mas também social através de vários projetos, como foi possível perceber no último fim de semana, quando foram realizadas as ações em mais um Dia de Cooperar, em comemoração ao Dia Mundial do Cooperativismo.
Nesta terça-feira (4), um projeto do Sicoob para formação de cooperativas mirins reforçou ainda mais esse papel social com o lançamento da Cooperativa Escolar Mirim Santo Antonio, no distrito de Boa Vista. A ideia é fomentar no espírito das novas gerações a necessidade de cooperar, até porque o futuro precisa ser mais cooperativo se o objetivo é haver uma sociedade mais justa e equilibrada, princípios básicos em qualquer cooperativa mundo afora.
Este é apenas mais um bom exemplo de um trabalho social que muitas vezes pode não aparecer ao público em geral, mas que dá a certeza de que o dinheiro, muitas vezes, não precisa ser usado apenas para o consumo material. Ele pode ser o caminho da própria transformação social.