O futuro? Não, o presente!
Todo resíduo orgânico, praticamente, quando se decompõe passa por um processo de biodigestão e libera o biogás. Esse biogás é rico em metano, o qual é chamado de biometano. O processo ocorre nos lixões próximos às cidades, aos dejetos de animais, nos resíduos agrícolas como cascas, folhas e galhos, e também em outros processos fermentativos. Fato é o que uso deste gás renovável é o melhor caminho a ser trilhado em busca de futuro sustentável.
O Paraná é considerado o maior gerador de energia renovável do Brasil e pode se transformar na Arábia Saudita do biogás e biometano. Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Estado tem 426 plantas instaladas, 67% de todas as usinas da região Sul.
De acordo com o governador Ratinho Junior, a gestão está organizando o ecossistema para a geração de biogás e biometano no Paraná. Essa organização no Estado ocorre na parte tributária e fiscal da cadeia, como na infraestrutura de produção e escoamento, criando um novo corredor de desenvolvimento.
O JORNAL DO OESTE trouxe nesta terça-feira (25) uma reportagem sobre o assunto. Trata-se de um projeto acadêmico em que o biometano está sendo utilizado para o abastecimento da frota na propriedade rural. O pesquisador tem como especialidade o trabalho focado em fabricar ou converter grupo gerador ou motor de combustão interna para trabalhar com biogás.
Agora, o projeto entra na área veicular de transporte rural, urbano, veículo de carga, trator, ou seja, na área agrícola para trabalhar com biogás do modo dual que é diesel/biometano e o modo dedicado que seria 100% biometano. O gás renovável é proveniente do biogás da suinocultura, bovinocultura ou aterro sanitário.
Ainda na segunda-feira, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) anunciou o investimento de R$ 505 milhões nos próximos cinco anos, entre 2024 a 2029. O plano de investimentos contempla a inserção do biometano na rede de gás canalizado e o desenvolvimento de corredores sustentáveis com abastecimento via gás natural e biometano para diversas regiões do Paraná. O futuro? Não, no Paraná essa tecnologia já é presente!