O Instituto Pessoas Melhores lançou recentemente uma campanha com algumas frases de efeito tentando despertar nas pessoas o sentimento de ser um cidadão mais completo e participativo na sociedade através do exemplo. Ética, respeito, bom senso, diálogo e, claro, educação são alguns dos modelos propostos pela organização no sentido de buscar uma mudança efetiva na sociedade. Mas há um item que merece destaque: a leitura.
Ler não é apenas saudável para exercitar o cérebro e incentivar a imaginação. Ler é importante porque vai criando no ser humano algo imprescindível quando se fala em desenvolvimento de uma sociedade madura: a capacidade de interpretar aquilo que está sendo escrito ou dito. É deixar de ser um analfabeto funcional, ou seja, deixar apenas de ler sem saber interpretar aquilo que está sendo escrito. E quanto mais cedo ser este incentivo, mais ampla será a formação do ser humano e do próprio cidadão.
No caso da sociedade brasileira a esperança é mesmo no futuro, desde que essas próximas gerações consigam ser preparadas de maneira adequada para promover a mudança tão esperada por quem ainda acredita num país verdadeiramente mais justo, democrático e equilibrado. No caso da campanha do Instituto Pessoas Melhores, é possível acreditar porque não existe por trás nenhuma motivação política. Ideológica sim, afinal, é justamente o fato de querer implantar uma ideologia do correto o grande objetivo da organização em Toledo.
Outro ponto a ser destacado é que a campanha do Instituto Pessoas Melhores não quer transformar o mundo de uma vez. Busca-se transformar o microuniverso onde está inserido. É começando pela rua, pelo bairro, pela cidade que, passo a passo, será possível sonhar com uma nação menos desigual, até porque as desigualdades sempre existirão. O que não se pode aceitar é manter o abismo gigantesco entre uma parcela da sociedade e as demais.
E o hábito da – boa – leitura pode sim contribuir para essa mudança de comportamento do brasileiro em relação ao seu verdadeiro papel na sociedade. Passou da hora de apenas se transferir a responsabilidade ao outro para que cada um assuma seu papel dentro de uma sociedade dinâmica e que exige uma profunda transformação para a criação de um futuro melhor.
