O problema das ruas de todos nós

Nesta quinta-feira (6), na Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), houve uma reunião com representantes de vários setores da iniciativa privada e do setor público para debater sobre as pessoas em situação de rua e o que pode ser feito para tentar amenizar alguns dos problemas que essa nova população tem trazido para uma cidade até poucos anos relativamente tranquila. Com o crescimento econômico e social, muitas pessoas acabaram sendo ‘atraídas’ por atendimento amplo, gratuito e fácil; por pessoas generosas que fartamente distribuem esmolas nas esquinas; pela omissão da fiscalização por conveniência.

Mas principalmente atraídas pelo sistema permissivo, paternalista e falho que existe no Brasil de algumas décadas para cá. OK, o Estado Brasileiro sempre foi paternalista, entretanto, essa proteção foi sendo elevada cada vez mais gradativamente a ponto de atualmente quase ninguém ter coragem de se debruçar sobre a real necessidade de mudar a forma de prestar o apoio necessário para as pessoas terem uma vida digna.

Dar tudo de graça o tempo todo não é solução. É apenas combustível altamente inflamável para se formar gerações de cidadãos muito mais preocupados em buscar auxílio que tentar caminhar com as próprias pernas. Escrito assim pode parecer até ofensivo, todavia, este é um assunto que precisa ser tratado de forma diferente, pois daqui a pouco será incontrolável, a exemplo do que já acontece em outros centros urbanos, com destaque para a cracolândia, no coração da maior cidade do país.

O que se viu na reunião desta quinta na Acit foi uma série de pessoas preocupadas e ao mesmo tempo incapazes de enxergar uma solução diante dos problemas de legislação que impedem de se fazer algo mais contundente quanto à fiscalização desta população de pessoas nas ruas que cresce a cada novo dia.

Assumir responsabilidades é importante! Mas apenas discursos eloquentes não serão suficientes para atacar de frente o problema das ruas de todos nós. Será preciso acontecerem mais crimes como estupros ou até homicídios para se buscarem soluções efetivas? Aonde residem os ‘representantes’ ou ‘lideranças’ desta cidade? Será preciso mais que apenas reuniões ou discursos. Será preciso coragem para mudar um sistema e, daí, partir para a realidade.

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